22/10/2013
Na noite desta segunda - feira (21), Boaventura de Sousa Santos, doutor em sociologia e professor catedrático da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, fez o lançamento de seus dois mais novos livros, "Se Deus fosse ativista de direitos humanos" e "Direitos humanos, democracia e desenvolvimento", este último em parceria com a filósofa Marilena Chaui.
Ricardo Path, presidente da União Geral dos Trabalhadores ( UGT ) prestigiou o evento e ressaltou a importância do momento em que reuniu os principais ícones da literatura mundial e, principalmente, do lançamento de duas obras de fundamental relevância que debatem o fortalecimento dos direitos humanos num momento em que o mundo capitalista vive uma crise sem precedentes. "Estes livros surgem num momento onde é preciso repensar direito humanos, pois o mundo vive um período de crise onde a palavra de ordem é austeridade e perda de direitos."
O evento, que reuniu estudantes, intelectuais e políticos não poderia ter acontecido em lugar mais propício, o teatro Tuca, em São Paulo, local que já foi cenário de muitas atividades em prol da luta pela ampliação dos direitos humanos no Brasil.
Durante o lançamento, foi ministrada uma palestra com o tema "As revoluções da indignação e as lutas democráticas" em que, por mais de uma hora, Marilena Chaui, Boaventura de Sousa e Frei Beto falaram sobre as manifestações que vem ocorrendo no Brasil desde junho e sobre o cenário político atual diante da crise financeira global. "Os indignados de Portugal e as revoltas no Brasil representam uma frustração conta um regime que historicamente havia sido oposição e que gerou muita expectativa," explica Boaventura.
Boaventura ressaltou também que é preciso repensar a forma de se lutar por direitos humanos, pois ainda há muitas pessoas que não tem aceso a essas políticas e acabam virando objetos de discurso. "Me considero um ativista de direitos humanos, crítico profundamente seu modelo tradicional e procuro radicalizar sua cultura."
UGT - União Geral dos Trabalhadores