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Alunos desmotivados, salas de aula superlotadas, baixos salários, escola parada no tempo e governos omissos. No dia em que se homenageiam os professores, há pouco o que se comemorar.

Os professores são essenciais para o desenvolvimento do País, pois são eles que formam todos os outros profissionais. Todo médico, comerciário ou engenheiro, um dia passou pelas mãos de um professor. Mesmo assim, esses profissionais são desvalorizados pelos nossos governantes e, de certa forma, pela população em geral.

Os problemas começam ainda na formação, que não prepara o professor para lidar com as crianças e os jovens do século 21. A escola ainda está presa ao século passado, é desinteressante e desmotivadora.

Os salários chegam a ser vergonhosos, muitos mais baixos do que outras categorias com o mesmo nível de escolaridade. Dos professores é exigido nível superior, mas sua remuneração é comparável a de profissionais com ensino médio ou nível técnico.

Outro sério problema é a violência praticada contra os professores pelos alunos. Segundo pesquisa divulgada pelo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo (Apeoesp), em maio deste ano, 44% dos professores da rede estadual já sofreram algum tipo de violência na escola. A agressão verbal é a forma mais comum de ataque, tendo atingido 39% dos docentes, seguida de assédio moral (10%), bullying (6%) e agressão física (5%). O estudo mostra ainda que quem mais sofre violência escolar são os professores do sexo masculino que lecionam no ensino médio: 65% deles foram agredidos de alguma forma.

A União Geral dos Trabalhadores parabeniza todos os professores do Brasil e torce para que essa classe, fundamental para o desenvolvimento do nosso país, seja um dia mais valorizada pelos governantes e também pela população brasileira.