Notícias

O deputado federal Roberto de Lucena (PV-SP) participou no domingo, 06, de reunião especial com dirigentes da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e UNI Américas, Américas – que é a representação regional do sindicato internacional UNI Global Union.

O UNI Global Union representa 4 milhões de trabalhadores e trabalhadoras das Américas e do Caribe. Também estiveram presentes o presidente da UGT, Ricardo Patah, a secretária Regional da UNI Américas, Adriana Rosenzvaig, a secretária da Criança e Adolescente da UGT, Rumiko Tanaka, entre outras lideranças.

Durante a reunião, Roberto de Lucena destacou a situação vivida por centenas de pessoas na cidade de Santo Amaro da Purificação, na Bahia, onde a população local enfrenta, ao longo dos últimos 40 anos, as consequências da poluição e a contaminação por Chumbo (Pb) e Cádmio (Cd), em nível endêmico.

“Em 33 anos de atividade na cidade, a Companhia Brasileira de Chumbo (Cobrac), subsidiária da empresa francesa Penarroya Oxide S.A., contaminou Santo Amaro da Purificação com um passivo ambiental de milhões de toneladas de rejeitos e cerca de 300 mil toneladas de escória (mistura de terra com alta concentração de chumbo)”, afirmou Roberto de Lucena.

O deputado classificou a situação da cidade de “crime contra a humanidade” e solicitou, através do sindicato UNI Américas apoio internacional para denunciar a situação de Santo Amaro da Purificação e acionar os responsáveis pela situação. 

“Os organismos internacionais precisam voltar os olhos para Santo Amaro e oferecer apoio àquele povo que há quase cinquenta anos clama por justiça. Por isso peço que o UNI Américas também participe conosco dessa luta justa”, disse Roberto de Lucena.

Ele detalhou ainda que solicitou, por meio de requerimento, à Comissão de Direitos Humanos e Minorias, da Câmara dos Deputados, a ampliação do escopo do Grupo de Trabalho sobre contaminação por chumbo, antes restrito à Bahia, para todo o Brasil.

“Houve a constatação da existência de uma complexa rede de empresas mineradoras e metalúrgicas, nacionais e transnacionais, que há décadas se eximem de responsabilidades por graves danos ao ambiente e à saúde de milhares de cidadãos brasileiros e agora queremos um debate nacional sobre esses crimes”, concluiu.