01/10/2013
A União Geral dos Trabalhadores (UGT) vai intensificar a campanha pelo fim do Fator Previdenciário. A informação de que governo desistiu de acabar com o fator nas aposentadorias por tempo de contribuição, nesta gestão da presidente Dilma Rousseff, só deu mais forças para a central ir as ruas contra a medida. O tema foi usado como trunfo por Dilma em negociações para aplacar a ira de aposentados e sindicalistas no auge das manifestações de junho.
O chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, já avisou aos ministros envolvidos nas discussões iniciadas em junho que a presidente “não quer tocar” o assunto em plena recuperação de sua popularidade. O tema, de acordo com informações obtidas pela UGT, só voltará à agenda do governo antes de 2015 em caso de nova ações nas ruas, hipótese tida como improvável pelo governo federal.
A alteração do atual modelo, que reduz o valor das aposentadorias em até 30%, deve ser oferecida como um benefício aos eleitores nos palanques de políticos aliados durante a campanha de 2014.
Hoje, há quase 5 milhões de aposentados e 48 milhões de trabalhadores formais na ativa. “Não é hora de tratar desse tema. Tiramos da prateleira, com as manifestações de junho, mas agora o assunto refluiu”, disse um ministro.
A UGT está procurando as demais centrais para discutir as ações que serão desenvolvidas contra a decisão do governo, pois o fim do Fator Previdenciário é a principal pauta das central e disso não abrimos mão", disse Ricardo Patah, presidente nacional da UGT.
Na visão do governo, a substituição do fator por novo modelo ficaria “engatilhada” para 2015. Seria aplicada uma fórmula de idade mínima para as aposentadorias, algo semelhante ao que ocorre nos países ricos.
Na mesa de negociação, também está a chamada “fórmula 85/95″, que soma a idade dos trabalhadores ao tempo de contribuição até atingir o índice de 85 para mulheres e 95 para homens.
UGT - União Geral dos Trabalhadores