27/09/2013
O presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, abriu o 1° Encontro Nacional dos Sindicatos dos Metalúrgicos da UGT realizado dias 26 e 27 de setembro, em Belo Horizonte, na sede da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Metalúrgicas, Mecânicas e de Material Elétrico do Estado de Minas Gerais (Femetalminas), na Rua Curitiba, 1269, centro da capital mineira.
Diante de uma plenária composta por mais de 80 dirigentes sindicais, representando 14 Sindicatos de Metalúrgicos, Patah destacou a importância do setor metalúrgico não só para a UGT, central sindical que representa as mais diversas categoriais de trabalhadores, mas também enfatizou o papel estratégico deste setor para a economia do país.
Segundo Patah, “nenhum país rico e desenvolvido deixou de contar e desenvolver um forte, diversificado e pujante setor industrial, que é uma matriz produtiva fundamental, não só para o fortalecimento do mercado interno de qualquer país, como também para garantir uma maior presença das economias nacionais dentro do mercado mundial”.
Destacando a importância do 1° Encontro Nacional dos Sindicatos dos Metalúrgicos da UGT, o presidente da UGT afirmou que “preocupa-nos os indicadores que apontam que o Brasil atravessa hoje um processo de desindustrialização. Uma indústria fraca significa perda de competitividade dos nossos produtos no mercado externo, significa queda das exportações de produtos industrializados e maior concorrência do produto importado no mercado interno. Por que isso nos preocupa? Preocupa-nos porque isso afeta diretamente os níveis de emprego e salários dos trabalhadores. Um metalúrgico desempregado afeta toda a economia, do comércio à indústria do lazer, e até mesmo aos demais setores industriais. Temos de fortalecer a indústria como um motor estratégico de desenvolvimento do Brasil e queremos que isso se dê com a participação efetiva dos trabalhadores e de suas entidades sindicais”.
Ladeado pelo Secretário Nacional do Setor Metalúrgico da UGT, Delson José de Oliveira, o presidente Ricardo Patah reafirmou o compromisso da UGT com o fortalecimento e o crescimento do setor metalúrgico dentro da central.
“Temos certeza que os companheiros e as companheiras aqui presentes, após assistirem e debaterem os painéis já programados, saberão aprovar um Plano de Ação dos Metalúrgicos ugetistas daqui para frente. A UGT é uma central diversificada e para manter e ampliar esse seu caráter, o crescimento da nossa presença juntos aos trabalhadores dos setores industriais, dentre os quais o metalúrgico, é fundamental e estratégico, pois a UGT tem propostas claras e objetivas para o desenvolvimento do Brasil, inclusive para o setor industrial, que queremos comprometidos também com o Trabalho Decente”, enfatizou Patah, bastante aplaudido.
A mesa de abertura solene contou ainda com as presenças do Diretor de Educação Sindical Robson Pereira Brito, na oportunidade representando Maria Rosangela Lopes, que é a presidenta da Femetalminas, de Fabian Ricardo Schettini, representando o vice-presidente nacional da UGT e presidente licenciado da UGT Minas Gerais, o deputado federal Ademir Camilo, de Ronaldo Gualberto, do presidente dos Comerciários de Contagem (MG), além das presenças internacionais de Ginny Coughlin e Rafael Messias Guerra, ambos da United Automotive Workers (UAW - Sindicato dos Trabalhadores na Indústria Automotiva dos Estados Unidos) e de Joe Simões, da Service Employees International Union – SEIU - Sindicato Internacional dos Empregados em Serviços dos Estados Unidos.
Após a abertura, todos os presentes dirigiram-se à sede da Concessionária Nissan Miazaki, na av. Dom Pedro II, 1520, centro de Belo Horizonte, onde, liderados pelo presidente Ricardo Patah, fizeram um ato de protesto contra a postura dessa montadora que proíbe, dentro dos estados Unidos, que os trabalhadores possam sindicalizar-se e negociarem seus direitos trabalhistas.
Ao retornarem do ato, os sindicalistas participaram de vários painéis. Na tarde do dia 26, debateram os painéis ministrados pelo economista Fernando F. Duarte, do Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), que abordou o tema “Panorama do Setor Metalúrgico Brasileiro” e pelo economista da UGT Nacional, Eduardo Rocha, que tratou sobre “As Contradições da Realidade Econômica e Social Brasileira”.
No último dia de trabalho, 27, os participantes debateram a palestra ministrada pelo assessor da Secretaria de Organização e Políticas Sindicais da UGT, professor Erledes Elias da Silveira (“O Movimento Sindical e o Papel Político dos Dirigentes Sindicais”), e trabalharam em grupos de discussão com a assessora da UGT nacional, professora Luciana Helena do Nascimento (Organização e Plano de Ação Sindical para os Metalúrgicos da UGT).
Ao final, do evento, os metalúrgicos da UGT aprovaram um Plano de Ação a ser implantado a partir de agora, tendo como objetivo a defesa dos interesses dos trabalhadores metalúrgicos e o fortalecimento e crescimento da UGT neste importante setor da economia brasileira.
Eduardo Rocha e Antenor Braido
UGT - União Geral dos Trabalhadores