27/09/2013
“ Curitiba quer mais segurança nas ruas e menos ‘multadores de trânsito’”, disse o presidente do SIGMUC – Sindicato da Guarda Municipal de Curitiba (filiado à UGT), Luiz Vecchi (foto), durante audiência pública na Câmara Municipal de Curitiba, na quarta-feira, 25/9. Vereadores discutem o projeto do prefeito Gustavo Fruet que prevê a contratação de 1.000 agentes de trânsito para as ruas da capital paranaense.
“ O que vemos hoje é a tentativa de tapar a corrupção com a falsa imagem de segurança”, disse Vecchi. Ele lembrou que a criação da SETRAN (Secretaria Municipal de Trânsito de Curitiba), foi um ‘tapa-buraco’ às críticas pela má gestão da URBS (Companhia de Urbanização de Curitiba) e aos ‘descaminhos’ dados à CPI que investiga as relações entre o órgão e as companhias de transporte público em Curitiba e também as denúncias da ‘ indústria das multas’ em Curitiba.
Com o desmanche de parte da URBS, os agentes de trânsito que antes multavam em nome desse órgão, passaram em grande número a responder pela SETRAN. “O que o prefeito Gustavo Fruet quer agora é inflar uma secretaria com pessoas que pouco servirão de fato à comunidade, desperdiçando dinheiro público”. O dirigente sindical lembrou aos vereadores que em muitas cidades o efetivo da guarda municipal atua, além de sua função principal que é a de promover a segurança, na educação e fiscalização de trânsito.
O presidente do SIGMUC destacou ainda que o sindicato da Guarda Municipal quer para Curitiba mais segurança nas ruas. “ Com o mesmo dinheiro empregado na contratação de ‘multadores de trânsito, a prefeitura de Curitiba pode ter 1.000 guardas municipais, agindo em todas as frentes de policiamento preventivo e ostensivo, proporcionando uma maior tranquilidade para a comunidade, inclusive na fiscalização de trânsito”, destacou Luiz Vecchi.
Para Luiz Vecchi, o prefeito Gustavo Fruet está muito mal assessorado nas questões da segurança pública, pois ele tem em mãos uma guarda municipal altamente qualificada mas que não vendo sendo reconhecida. “ Os guardas municipais não querem apenas tapinhas nas costas quando prendem bandidos, e colocam suas vidas em risco. Queremos mais treinamento e mecanismos que proporcionem a todos nós desempenharmos nossas funções em defesa da população. Por isso pedimos à sociedade organizada curitibana, por meio de associações de moradores, de categorias profissionais, que digam um NÃO a esse projeto do prefeito Gustavo Fruet”, falou Vecchi.
Acompanharam a audiência pública dirigentes sindicais da guarda municipal de outras cidades da região metropolitana de Curitiba, representantes da UGT-PARANÁ, do Sindicato da Policia Federal do Paraná e do Sindicato da Polícia Civil do Paraná, entre outros.
“ A população curitibana tem de ficar atenta pois alguns vereadores vão querer aprovar esse projeto na sessão de segunda-feira, 30 de setembro. O SIGMUC conclama a população para dar um basta nesse projeto absurdo e que o prefeito abra os olhos para a verdadeira segurança pública”, concluiu Luiz Vecchi.
Fonte: UGT Paraná
UGT - União Geral dos Trabalhadores