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Trabalhadores cooperativistas em estado de greve no Paraná


26/06/2013

26/06/2013
Em reunião realizada no dia 21/6, na sede da Cotriguaçu na cidade de Cascavel (PR), representantes do sindicato patronal das cooperativas e representantes dos sindicatos dos trabalhadores celetistas, não chegaram a um acordo com relação ao reajuste salarial da categoria.
Ao abrir a reunião o presidente da Federação Nacional dos Trabalhadores Celetistas em Cooperativas no Brasil - FENATRACOOP, Mauri Viana Pereira, revelou que havia cancelado a assembleia que aconteceria com os trabalhadores no dia 23 de junho, em virtude do atual cenário que vive o País. Segundo Viana, o momento requer responsabilidade e muita cautela por parte de todos.
De acordo com o líder sindical, a onda de manifestos que vem ocorrendo pel o Brasil, poderia inflamar os trabalhadores e a situação sair do controle. Mas, ao tomar conhecimento da proposta do patronal, Mauri Viana reafirmou que, apesar da prudência, os trabalhadores em cooperativas merecem e devem ser reconhecidos e valorizados.
Viana lembrou aos representantes do sindicato patronal que, em anos anteriores quando as cooperativas vivenciaram momentos ruins financeiramente, os trabalhadores sempre mantiveram uma postura de parceria, mas neste momento a situação é outra e o cenário se inverteu. Não somos nós, os trabalhadores que estamos afirmando isso, as próprias cooperativas divulgaram amplamente na mídia que nunca estiveram tão bem financeiramente como agora, por isso entendemos que chegou a hora e o momento do reconhecimento e a devida valorização dos trabalhadores", afir ma Mauri Viana ao dizer que havia encerrado as negociações e comunicar aos presentes que, possivelmente a próxima reunião será realizada no Ministério do Trabalho com a categoria em estado de greve.
Para Clair Spanhol, presidente do SINTRASCOOP - Sindicato dos Trabalhadores Celetistas em Cooperativas de Cascavel e Região (filiado à UGT), e também membro da executiva nacional da UGT, o setor patronal precisa dar sua cota de contribuição, pois são os trabalhadores que vêm batendo recordes de produção de alimentos e produtos no estado, sendo uma referência do setor no Brasil. "O setor patronal precisa reconhecer o papel dos trabalhadores no dia a dia das cooperativas, pois sem os trabalhadores não existe produção, e sem produção não existe geração de riqueza", afirma Spanhol.
PROPOSTAS
Os representantes do sindicato patronal apresentaram a proposta de 7,5% de reajuste salarial e vale alimentação e mais 10% de reajuste nos pisos a qual foi rejeitada pelos representantes dos trabalhadores. Após ampla discussão os representantes das cooperativas apresentaram as seguintes propostas: reajuste salarial de 8% nos salários e vale alimentação e mantendo o reajuste de 10% sobre os pisos. Proposta está que também foi rejeitada pelos líderes sindicais.
Os representantes dos trabalhadores celetistas em cooperativas reivindicam o seguinte: 1)Piso salarial de R$ 1.200,00, em CTPS
2)Reajuste salarial INPC de 8,75% (equivalente a 50% do crescimento das re ceitas das cooperativas no ano de 2012)
3)Plano odontológico com 286 procedimentos com cobertura integral de todos os procedimentos da ANS, sem limite de consultas, sem carência e sem co-participação
4)Seguro de vida com a cobertura de R$ 30.000, 00 por morte natural, R$ 60.000,00 por morte acidental e invalidez total ou permanente
5)Seguro residencial
6)Auxílio funeral, custeados pelos sindicatos através da taxa de R$ 52,00.
Fonte: UGT Paraná"


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