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03/06/2013

Nem o frio e a forte chuva que atingiu a capital paulistana neste domingo (02) foi capaz de espantar os manifestantes que, literalmente, tomaram a Avenida Paulista e a Rua da Consolação para participar da 17ª Parada do Orgulho LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Transgêneros).

A União Geral dos Trabalhadores (UGT), como entidade combativa e atuante na luta contra qualquer tipo de preconceito e discriminação, por mais um ano colocou o carro nas ruas e convocou os sindicatos filiados para fortalecer a luta da população gay pelo fim da discriminação e ela criminalização dos atos homofóbicos.

Segundo Cleonice Caetano Souza, secretária de Saúde e Segurança no Trabalho da UGT apesar do preconceito ser uma questão cultural e de formação pessoal, a sociedade vem respeitando mais a diversidade sexual, com isso o papel que a UGT cumpre nesta luta por mais respeito à individualidade vem promovendo mudanças importantes para construção de uma sociedade justa e livre de discriminação seja ela por raça, credo, orientação sexual ou qualquer outra forma.
O evento, que neste ano teve como tema principal Para o Armário Nunca Mais" buscou levantar as discussões sobre os problemas discriminatórios que forçam homossexuais a viverem "na clandestinidade", ou seja, não se assumindo como uma pessoa que gosta de pessoas do mesmo sexo e, consequentemente, as implicações que essas ações podem ocasionar para a saúde física e mental dos cidadãos afetados pelo preconceito.

Juntamente com o Sindicato dos Comerciários de São Paulo e o Sindicato dos Trabalhadores em Telemarketing (Sintratel), sindicatos filiados e categorias profissionais que empregam uma grande gama de homossexuais, a UGT cumpriu um papel fundamental no fortalecimento de ações que visem avançar na construção de direitos para a população LGBT, como por exemplo, a criminalização dos atos homofóbicos (PL 122/06), tema bastante discutido no decorrer da Parada Gay 2013 e que ainda de sua importância ainda encontra barreira para aprovação no Senado Federal.

Muitos foram os direitos conquistados pela população LGBT nos últimos anos, contudo ainda a um longo caminho a ser percorrido para que a diversidade sexual seja, simplesmente, respeitada. Desta forma, o movimento sindical, principalmente o que vem da ideologia ética, democrática e inovadora ugetista é fundamental para as mudanças que estão ocorrendo na sociedade em prol do público gay que, por décadas, sofrem toda e qualquer forma de discriminação.

Por Fábio Ramalho"