05/05/2013
05/05/2012
O Parlamento da Grécia aprovou essa semana um novo pacote de medidas para o corte de gastos do orçamento do país. A medida estipula a reestruturação" do setor público e prevê a demissão de 15 mil funcionários do governo nos próximos dois anos.
As exigências foram feitas pela troika (formada por Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional) para que os gregos recebessem o próximo empréstimo econômico, estipulado em 8,8 bilhões de euros (cerca de 23 bilhões de reais). O governo se justificou dizendo que os trabalhadores demitidos serão aqueles envolvidos com corrupção, os "incompetentes" ou aqueles que vão se aposentar voluntariamente. No total, serão 4 mil demitidos em 2013 e outros 11 mil em 2014.
A medida foi aprovada sob protestos da população e da oposição. A votação foi feita em procedimento de urgência, com apenas dois dias de debate, fato que a oposição grega - composta por alianças de esquerda - qualificou como "violação da democracia parlamentar".
Segundo informações da Agência Efe, o ministro das Finanças, Yannis Sturnaras, defendeu a votação de urgência com o argumento de que o acordo deveria sair antes da reunião do grupo de trabalho do Eurogrupo, em que deve ser dado sinal verde ao desembolso do lance correspondente a março, no valor de 2,8 bilhões de euros.
A Grécia necessita com urgência da liberação de fundos da troika para quitar salários, pensões e os bônus que vencem no mês de maio, afirmou Sturnaras durante a votação.
Dados estatísticos da UE (União Europeia), já havia divulgado dados alarmantes sobre a taxa de desemprego na Grécia. Mais de 50% dos jovens gregos, por exemplo, estão desempregados.
A taxa de desemprego da Grécia atingiu um novo recorde em janeiro e situa-se, agora em abril, nos 27,2%. Este é o valor mais alto desde 2006, ano em que o instituto oficial de estatística da Grécia começou a divulgar os dados. A Grécia tem a taxa mais alta de toda a zona do euro, que equivale a mais que o dobro da média do bloco, de 12% em janeiro.
Novos protestos na Europa
Milhares de pessoas ligadas aos movimentos sociais de Portugal, Espanha, Grécia, Chipre, França e Alemanha prometem para o dia 1° de junho uma grande manifestação contra as políticas de austeridade adotadas pelos dirigentes de diversos países da Europa.
Na internet, os movimentos sociais responsabilizam o controle fiscal das despesas públicas, exigido por essas instituições, como a principal razão da crise que causa desemprego em massa na região."
UGT - União Geral dos Trabalhadores