15/04/2013
12/04/2013
Os dirigentes da União Geral dos Trabalhadores (UGT) passaram o dia conversando com a população e recolhendo assinaturas que visa a criação de um Projeto de Lei de Iniciativa Popular, que objetiva o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS) através do repasse de 10% dos recursos brutos do orçamento da União para a saúde. A coleta de assinaturas foi nesta sexta-feira (12), em frente à Catedral da Praça da Sé, no coração" da cidade de São Paulo.
Para realização do ato, a UGT, que é a terceira maior central brasileira, reuniu seus filiados, em especial o Sindicato dos Comerciários e o Sindicato dos Trabalhadores em Prestação de Serviços de Asseio e Conservação e Limpeza Urbana, ambos de São Paulo, para engrossar a campanha, de iniciativa popular, conhecida como a PEC da Saúde. Pois, para dar entrada ao Projeto de Lei (PL), são necessárias 1 milhão e 400 mil assinaturas.
Ao final do dia, Josimar Andrade de Assis, dirigente sindical da UGT, comemorou a adesão da população ao ser informado que cerca de 6 mil pessoas assinaram, só nesta sexta-feira, o abaixo-assinado.
"Nós da UGT estamos nesta campanha porque a saúde é fundamental para a população. Apesar da nossa atuação ser, por princípio, as questões relacionadas ao universo do trabalho, a saúde é a base de sustentação de todos nós", afirma Josimar.
O dirigente ugetista acrescenta, ainda, que o trabalhador, sobretudo, os mais pobres, são os que mais sofrem com a demora no atendimento e a ineficiência no atendimento médico.
Natalino Cerqueira Moreira, que escuta atentamente Josimar, confirma o que ouve e se identifica. Três anos atrás sofreu um acidente de moto e passou muitas horas à espera de atendimento. Por conta da demora, sua situação se agravou e quase teve que amputar a perna. Hoje faz tratamento "bom e de muita qualidade" e já não corre mais o risco de ficar sem um membro porque um empresário para seu tratamento. "Se não fosse a boa vontade deste empresário eu hoje podia tá manco. E eu ia fazer o que se nem aposentadoria eles não me dariam?", desabafa Natalino.
Para Josefa Maria da Silva a situação não é diferente. Ela afirma que tem muitos problemas de saúde e que o tratamento é complicado por causa da demora em tudo. Segundo ela, a espera é longa, seja para marcar uma consulta ou um exame, seja para ver "a cara da atendente". "As vezes a gente nem é atendido, falta tudo, falta médico, falta equipamento, falta até luz. O que não devia faltar é vontade de se fazer diferente, se falta dinheiro para a saúde, então que arrume dinheiro para isto", protesta.
Por Giselle Corrêa, da UGT / Fotos: FH Mendes
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