16/04/2013
O dia 1º de maio, comemorado em quase todos os países do mundo, relembra o mais violento capítulo da história da organização sindical.
Foi neste dia, no ano de 1889 que militantes anarquistas foram executados nas ruas de Chicago (EUA). O motivo da execução: reivindicarem jornada de trabalho de 8 horas (?).
Para nunca esquecer este banho de sangue dos trabalhadores revoltados, foi oficializado no mundo inteiro o dia 1º de maio como o dia do trabalhador (labor day).
No Brasil o dia 1º de maio ficou consagrado com a assinatura da Consolidação das Leis do Trabalho, em 1943 por ato de Getúlio Vargas.
Embora os motivos que levaram os governantes da época a editar a CLT possam ser questionáveis, posto que servisse aos interesses das classes dominantes no sentido de aplacar os movimentos grevistas que inibiam a produção, há que se reconhecer que também merece ser considerada como a maior conquista social dos trabalhadores brasileiros.
No momento fala-se em flexibilizar a CLT, quando na verdade o que se quer é a redução ou supressão de direitos dos trabalhadores nela contidos.
Necessário se torna deixar claro que ao longo destes 70 anos, a CLT recebeu mais de 900 alterações em seus artigos, fazendo com que ela permanecesse sempre atualizada.
Assim, falar que a CLT é antiquada, não passa de uma cortina de fumaça com vistas a ocultar o real interesse patronal em reduzir direitos dos trabalhadores por ela protegidos ao longo destes 70 anos.
Neste dia do TRABALHADOR, vamos pensar na saúde da CLT, desejando a ela longa vida.
A. Bittencourt
UGT - União Geral dos Trabalhadores