25/03/2013
25/03/2013
Os policiais civis do Estado do Pará, mobilizados na semana passada por negociações da data-base de 1º de abril, reivindicam reajuste de salário da ordem de 30%, proposta que já foi encaminhada à Secretaria de Estado de Administração. Desde a última terça-feira, os policiais vêm promovendo manifestações públicas, inclusive fechando a avenida Almirante Barroso, um dos principais corredores de entrada e saída de Belém. Na quinta-feira passada, representantes dos mais diversos sindicatos ligados ao funcionalismo público estadual, inclusive o presidente do Sindicato dos Policiais Civil do Pará (Sindpol), que é filiado à UGT, Rubens Teixeira, foram recebidos pela secretária de Estado de Administração Alice Viana, nesta que foi a primeira reunião de negociações. Ela fez uma explanação da problemática de reajuste salarial no Estado, destacando vantagens e dizendo, de antemão, que o governo não tem como atender as mais variadas propostas de salários que vão de 15% a 30%, como a dos policiais civis, e ofereceu reajuste de apenas 9%, garantindo a cobertura das perdas da inflação conforme dados do INPC e assegurando ganhos reais.
Segundo o sindicalista Rubens Teixeira, a proposta do governo é inviável sob todos os aspectos. No entanto, a categoria tentará avançar nas negociações, por ocasião da negociação individual com a categoria, oportunidade em que o Sindipol pretende não apenas barganhar esse aumento, como também, incorporar outras vantagens para os policiais que, do contrário, estão dispostos a deflagrar greve por tempo indeterminado. Pela proposta inicial, os policiais civis reivindicam a incorporação de um abono, no valor de R$ 540, no salário atual de R$ 670. Além disso, eles pedem melhores condições de trabalho, pois o Governo investe em reforma, compra de equipamento e não investe no recurso humano, não contrata mais policiais para as delegacias e não tem segurança para trabalhar, vários companheiros já morreram no exercício da função", reclama o presidente do Sindpol, que mobilizou a categoria e recebeu todo o apoio da UGT, inclusive com carro som para denunciar a situação em que os policiais se encontram no momento.
Na oportunidade em que disse não à proposta do governo, Rubens Teixeira também se posicionou contrário à decisão recente da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, que repassou aos policiais militares a competência de também registrar B.O. (Boletim de Ocorrência). "Não concordamos. O que deviam fazer era concurso público e nomear mais servidores da Polícia Civil ao invés de dar mais trabalho para a PM". O sindicato também pede a nomeação de 54 delegados e 27 policiais civis, entre investigadores e escrivães, do concurso C149, de 2010, que estão esquecidos.
Fonte: UGT Pará"
UGT - União Geral dos Trabalhadores