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Sindmassa comanda greve histórica no Frigorífico Agroindustrial em Iguatemi


21/03/2013

21/03/2013

O Sindicato Intermunicipal dos Empregados Vinculados aos Frigoríficos Abatedores de Bovinos, Suinos, Levinos, Aves, Carnes e Produtos Derivados do Estado de MS, presidido atualmente por Fábio Alex Bezerra, que também é presidente da UGT - União Geral dos Trabalhadores de MS realizou, nos dias 18 e 19 em Iguatemi, uma greve histórica no Frigorífico Agroindustrial do município, com paralisação de 70% de seus trabalhadores.

Por dois dias, a greve chamou a atenção do setor no Estado em função das mazelas praticadas pela empresa contra seus trabalhadores naquele município, distante 461 km de Campo Grande. O objetivo foi reivindicar melhoria salarial e debater várias outras questões, entre elas, transporte, banco de horas, desvio de função, melhores condições de trabalho e inclusive em relação a alimentação oferecida por parte da empresa aos funcionários.

Os funcionários daquele frigorífico não recebem horas extras, não tem transporte e não recebem café da manhã na empresa, somente o almoço, apesar de trabalharem mais de 12 horas/dias e ainda ter compensação das horas excedidas por lei. O Sindicato também recebeu reclamações dos funcionários em relação a qualidade da alimentação oferecida, que seria de péssima qualidade e às vezes estragadas. Havia um clamor dos trabalhadores pela intervenção do sindicato para por fim ao estado de caos dentro da empresa, sugerindo uma relação análoga à senzala, que serão devidamente apuradas pelo Ministério Público do Trabalho, através de denúncia formal do sindicato", diz Fábio Bezerra.

Para realizar a greve, há muito tempo esperada pelos trabalhadores, o presidente Fábio Bezerra movimentou toda a sua diretoria. Participaram do movimento paredista diretores de Coxim, Porto Murtinho, Nova Alvorada do Sul, Campo Grande e da própria Iguatemi, além de outras entidades filiadas à UGT, como o Sindicato dos Vigilantes de Naviraí e dos Servidores Municipais de Campo Grande. Nem mesmo a chuva que caiu na cidade nos dois dias da greve foi suficiente para impedir que o sindicato reivindicasse e conseguisse conquistar junto a direção do frigorífico as justas melhorias prendidas pelos trabalhadores nesta campanha salarial.

As negociações com a direção da empresa foram tensas, pois os "patrões" pretendiam manter banco de horas, conceder um reajuste salarial muito abaixo do pretendido pelo sindicato, não conceder transporte, entre outras situações que o trabalhador rejeitava há muito tempo. O sindicato manteve sua intransigente posição de não abrir mão das reivindicações e só conseguiu avançar porque manteve o controle da greve e o apoio dos trabalhadores que não voltariam ao trabalho sem que a empresa cedesse aos seus pedidos.

Com a firme posição do sindicato e dos trabalhadores de não voltar ao trabalho, a empresa começou a amargar prejuízos sem abater nenhum boi e o pior, o gado começou a deitar no curral e os fornecedores locais começaram a pressionar a empresa para negociar rapidamente com os grevistas. Desta forma, não restou outra opção aos "patrões" senão conceder a pauta de reivindicação do sindicato.

O salário foi reajustado em 10% - o maior do setor no Estado este ano
fim do banco de horas
cedência do café da manhã
almoço com controle de horário e qualidade
pagamento de horas extras
melhoria na cesta básica
estudo para iniciar o transporte dos trabalhadores e equipe de manutenção para fazer limpeza, entre outros itens de menor importância, mas que farão muita diferença daqui para frente na relação capital/trabalho.

A greve em Iguatemi foi a segunda neste mês realizada pelo sindicato no setor agroindustrial. Há duas semanas, o sindicato realizou uma grande paralisação no Frigorífico JBS, em Coxim, quando mais de 60% dos trabalhadores cruzaram os braços por melhorias salariais e condições de trabalho. Também em Coxim, as negociações foram tensas, inclusive com a intervenção do Estado, através da Polícia, mesmo assim a pauta de reivindicação dos trabalhadores foram atendidas dentro do esperado pela categoria. Novas negociações devem acontecer em aproximadamente 90 dias, quando toda a negociação será concluída."


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