13/03/2013
13/03/2013
A UGT-PARANÁ, promoveu na terça-feira, dia 12/3, uma manifestação na Assembleia Legislativa do Estado do Paraná contra a Medida Provisória 595/12, do governo federal e que trata da modernização dos portos de todo o Brasil.
O movimento contou com a participação de dezenas de trabalhadores filiados aos diversos sindicatos da orla portuária do litoral do estado, que pediram aos deputados estaduais que encaminhem o mais breve possível, expediente à presidente Dilma Rousseff e à ministra-Chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann (PT), pedindo alterações na MP 595.
Fazendo uso da tribuna, o presidente da Regional Litoral da UGT-PARANÁ, Jaime Ferreira dos Santos, enumerou os diversos prejuízos que a MP, caso seja aprovada da maneira proposta pelo governo federal, causará aos trabalhadores portuários. A concessão dos portos públicos à iniciativa privada, vai tirar direitos historicamente conquistados pelos trabalhadores. Queremos o apoio de todos os parlamentares paranaenses para que alterem essa MP e preservem os direitos da classe trabalhadora", disse Jaime.
Márcio Costa, vereador em Paranaguá e diretor da UGT-PARANÁ, destacou que a privatização dos portos está sendo feita de forma autoritária e que vai fulminar direitos históricos dos trabalhadores portuários.
Para Paulo Rossi, presidente da UGT-PARANÁ, "a presidente Dilma Rousseff adotou uma posição equivocada ao optar pela privatização e Gleisi Hoffmann erra, porque não conhece o setor portuário com profundidade", afirmou.
Rossi fundamentou seu argumento, citando o artigo "Quem enganou Gleisi?", do blogueiro petista Tarso Violin. O artigo diz que o PT está contrariando suas bandeiras históricas ao entregar os portos à iniciativa privada e que nesse processo, sacrifica os direitos trabalhistas dos portuários. "A UGT é favorável a modernização, porém somos radicalmente contra a precarização e a retirada dos direitos historicamente conquistados pelos trabalhadores portuários. O Porto é Nosso!", conclamou Rossi aos presentes.
O deputado Ney Leprevost (PSD), manifestou total apoio às reivindicações da UGT. "No papel de secretário-geral do Partido Social Democrático no estado do Paraná, quero dizer aos trabalhadores do litoral, que essa luta contra a privatização dos portos, é de todos nós, que defendemos um porto público, com mais desenvolvimento e renda para os trabalhadores portuários", disse o deputado.
Para o líder do governo na Assembleia, Ademar Traiano (PSDB), "o governo federal chama para si o processo de privatização sem ser capaz de ouvir a voz dos trabalhadores, por isso essa postura está causando revolta em sindicalistas ligados ao partido".
Os sindicatos de trabalhadores portuários filiados à UGT, já fizeram protestos no porto de Paranaguá.
Os riscos para os trabalhadores portuários, embutidos nas letras miúdas da MP 595/12, foram destacadas pelo deputado Alceu Maron Filho (PSDB), que é de Paranaguá. "Só quem não conhece o funcionamento de um porto pode afirmar - como fez o deputado do PT, Elton Welter - que a MP não trará prejuízos para os portuários. Com a aprovação do texto original da MP, os trabalhadores portuários, estivadores, arrumadores, carregadores, ensacadores, entre outros, perderão conquistas como o piso salarial e o plano de saúde", afirmou Maron.
Fonte: UGT Paraná"
UGT - União Geral dos Trabalhadores