04/03/2013
04/03/2013
Teve início, nesta segunda-feira, 04 de março, a 1a Conferência Nacional de Gênero e Raça da União Geral dos Trabalhadores (UGT), em Praia Grande, SP. O evento, que segue até esta terça-feira (05/03), na Colônia de Férias dos Comerciários, tem como objetivo discutir de que forma serão ocupados os espaços que em muitos anos de luta foram conquistados pelos negros e mulheres e que a UGT, como central sindical, tem papel importante por impulsionar políticas públicas no combate à Igualdade e como fazer avançar no mercado de trabalho.
No encontro, presentes dirigentes da central, de governo, da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e do Instituto pela Igualdade Racial (Inspir), serão abordados temas referentes à questão de Gênero como política para a elaboração de um documento em prol da promoção da igualdade na agenda de governo e as condições das pessoas no mercado de trabalho. Irá se discutir e definir a intervenção na inclusão e combate à discriminação e preconceito.
Para o desenvolvimento do trabalho, 4 mesas discutirão: Discriminação no mercado de trabalho"
"Empoderamento em todos os espaços: político, socioeconômico e do trabalho"
Ratificação da Convenção 189 da OIT (regulamentação do trabalho domestico" e o "Enfrentamento a todas as formas de violência contra a mulher".
A Secretaria Municipal de Política para as Mulheres prestou sua homenagem à iniciativa desenvolvida pelas Secretarias da Mulher e da Diversidade da UGT, por tratar a igualdade entre mulheres e homens em todas as esferas, principalmente, no mundo do trabalho em suas várias vertentes: estimulando e provocando a capacitação.
Netinho De Paula, na condição de secretário da Promoção da Igualdade Racial, do prefeito de SP Fernando Haddad, fez questão de comparecer nessa 1a Conferência da UGT. "Há dez anos a questão racial tem conseguido destaque e sido bastante debatida. Mas na questão do trabalho temos que avançar e a UGT sai na frente. O prefeito eleito Haddad, resolveu implantar a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial. A UGT na batalha política, tem ações edificadas e pessoas que a Secretaria quer somar a essa Conferência, para que essas lideranças políticas possam dar voz e outras coordenadorias possam chegar à Secretaria da Promoção da Igualdade Racial", enaltece Netinho.
Para Cássia Bufelli, secretária da Mulher da UGT, essa Conferência é um marco na criação e história da UGT. Na realização desse encontro, pensamos não apenas pautar os temas de luta, mas principalmente aplicar uma metodologia de criar aqui quais as políticas afirmativas que a UGT tem de Gênero e Raça: dar soluções para os problemas que são fundamentais, como no mercado de trabalho.
Chiquinho Pereira, que esteve no encontro representando o presidente nacional da UGT, Ricardo Patah, mostrou que a UGT tem por obrigação e foi constituída para que em sua fileira de lutas, essa deve figurar no primeiro plano. "Temos que sair do campo da lamentação, precisamos ir para o enfrentamento. Hoje temos condições de arcar com essa luta de forma efetiva. Nosso papel de central é brigar e lutar. Atentar para a condição da mulher a partir do que acontece em casa. Na construção de uma sociedade melhor, com valores e respeito. Se não existir homens e mulheres felizes, não existirá sociedade feliz. Vamos lutar!", convoca Chiquinho ao dizer que as pessoas precisam ter esperança.
A secretária da Diversidade da UGT, Ana Cristina Duarte, agradece ao presidente Patah e companheira Cássia pela iniciativa em parceria com a sua secretaria. "O objetivo da Conferência é que todos os sindicalistas possam construir um documento básico com cláusulas antidiscriminativas e as que vão sair no decorrer do trabalho", pontua.
Há um texto base no Congresso que estabelece a década do afrodescendente, uma década, que segundo Ana Cristina, servirá para pautarmos a questão racial. Lembrou também que teremos o Ano da Conferência Nacional de Promoção da Diversidade Humana, uma conferência de todo o movimento social, com a participação do movimento sindical, como imprescindível.
"Vamos ter a Política Nacional de Diversidade, Gênero e Raça da UGT. Só haverá sociedade igualitária, se fizermos essa construção juntos. É importante a contribuição de cada um para que se faça a diferença e assim ter um mundo melhor para viver. Esse mês de marco é momento de se fazer uma reflexão: qual o meu papel no lugar de decisões? Conquistamos esses espaços? Que instrumentos precisamos para viabilizar?", levanta a questão a dirigente Cássia.
Cleonice Caetano Souza, secretária de Saúde e Segurança no Trabalho da UGT, lembra que quando se fala das mulheres negras, da sexualidade, sabe-se que a dificuldade é muito maior e o movimento sindical tem que estar presente, sair com propostas. "Com essa iniciativa vamos conseguir concretizar por todo o País. Vamos aprender uns com outros. Precisávamos dessa oportunidade. Sucesso é o nosso nome e não podemos fazer diferente a partir dessa 1a Conferência", enfatiza.
O vice-presidente da UGT, Antonio Salim dos Reis, colocou como necessária não apenas a inclusão, mas a atenção com diferença ainda existente da questão salarial e a importância da qualificação profissional.
Mariana Veltri - UGT / Fotos: FH Mendes
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UGT - União Geral dos Trabalhadores