21/02/2013
21/02/2013
Trabalhadores portuários decidiram fazer uma paralização no Porto de Paranaguá, litoral do Paraná, na próxima sexta-feira, dia 22/02.
O movimento será das 7 às 13 horas, e segundo Antonio Carlos Bonzato - Presidente do Sindicato dos Estivadores de Paranaguá e Pontal do Paraná (filiado à UGT), e membro da executiva nacional da UGT, a ação faz parte de um movimento nacional, que irá parar os portos brasileiros contra a Medida Provisória 595/12, editada pelo governo federal.
Os trabalhadores avulsos portuários (TPA´s), irão protestar contra a Medida Provisória 595/12, conhecida como MP dos Portos, cuja finalidade do governo Dilma Rousseff (PT) é privatizar os portos brasileiros.
O presidente do SINDESTIVA, chama a atenção principalmente dos parlamentares paranaenses no Congresso. Lembramos que o Paraná é um estado agrícola, tendo os Portos de Paranaguá e Antonina como elementos estratégicos no escoamento da safra. Essa MP do governo federal, ao invés de regulamentar as atividades, promove a precarização da mão-de-obra, e cria fórmulas mirabolantes de concorrência desleal entre os empresários do setor. Para termos uma ideia, essa MP já recebeu mais de 680 emendas". Bonzato, fez questão de agradecer ao apoio que vem recebendo em Brasília por parte do deputado federal Roberto Santiago (PSD-SP), que também é vice-presidente nacional da UGT. "Quero agradecer ao apoio dos companheiros Miguel Salaberry - Secretário Nacional de Relações Institucionais da UGT e ao deputado Santiago que está do lado de todos os trabalhadores portuários brasileiros. O apoio do seu gabinete na Câmara dos Deputados em Brasília, tem sido fundamental para que a presidenta Dilma se sensibilize e fique ao lado dos trabalhadores", ressaltou Bonzato.
O presidente da Regional Litoral da UGT-PARANÁ, Jaime Ferreira dos Santos, critica a atitude tanto da presidenta Dilma quanto da Ministra-Chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, pois essa MP dos Portos, já é conhecida como a "MP do Eike Batista", empresário que praticamente não investe quase nenhum recurso próprio em seus negócios, e sempre consegue dinheiro público através do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. "Não podemos deixar que o patrimônio do povo brasileiro seja entregue para empresários gananciosos que só pensam em acumular riquezas sem distribuir renda e dar melhores condições de vida à classe trabalhadora", diz Jaime.
Outra crítica à Medida Provisória (MP), é que ela, uma vez aprovada, possibilitará a precarização da mão de obra e dos salários, pois os trabalhadores, ao serem contratados via regime CLT - Consolidação das Leis do Trabalho, a sua remuneração reduzirá pela metade.
Fonte: UGT Paraná"
UGT - União Geral dos Trabalhadores