31/01/2013
31/01/2013
A União Geral dos Trabalhadores (UGT), condena veementemente a ação truculenta e inconsequente do delegado Vanildo Oliveira, do Pará que, para coibir a manifestação pacífica dos trabalhadores em defesa dos seus direitos constitucionais e trabalhistas, que ocorria na manhã do, dia 31/01, na frente dos hospitais Porto Dias e Adventista de Belém, prendeu o sindicalista José Francisco, presidente da UGT- PA, levando, sob ameaças e pressão psicológica, o líder dos trabalhadores para a Divisão de Investigações e Operações Especiais, onde o mesmo foi submetido a intenso interrogatório.
Nós, trabalhadores e dirigentes sindicais que lutamos pelo fim da Ditadura Militar, não podemos aceitar uma ação truculenta de um delegado de polícia, cuja missão é agir em defesa da sociedade e não contra seus integrantes.
Esta é uma situação inadmissível. O Pará não pode ser palco da retomada dos anos de obscurantismo vividos durante a Ditadura Militar, onde trabalhadores, estudantes e todos aqueles que se opunham ao regime militar eram jogados no cárcere e submetidos a torturas, acabando, muitas vezes, pagando com a própria vida.
Temos certeza que ações como a do delegado Vanildo Oliveira, não conta com o apoio e respaldo do governador Simão Jatene, a quem, a partir de hoje, entregamos a segurança e a integridade física e psicológica do companheiro José Francisco. E mas, esperamos que a ação do delegado Vanildo Oliveira seja alvo de rigorosa apuração. A sociedade paraense que teve importante papel no enfrentamento da Ditadura Militar, não admite que uma ação isolada do delegado Vanildo Oliveira, fique impune e coloque o governo democrático de Simão Jatene à porta de um retrocesso.
Ricardo Patah - presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT)
UGT - União Geral dos Trabalhadores