24/01/2013
24/01/2013
Recheado de ataques à oposição e para aqueles que torcem contra o país", a presidente Dilma Rousseff adotou um tom ainda mais político no novo pronunciamento em cadeia de rádio e televisão, ontem à noite, quando anunciou que a conta de luz dos brasileiros vai ficar mais barata a partir de hoje.
A queda para as residências vai ser de 18% e para a indústria, comércio, agricultura e serviços de até 32%. Anteriormente a redução seria de 16% e 28%, respectivamente.
O corte maior será bancado com recursos do Tesouro, que deve desembolsar cerca de R$ 3,5 bilhões para fechar as contas. Além de prorrogar as concessões de geradoras, transmissoras e distribuidoras de energia por até 30 anos, o governo também eliminou dois encargos cobrados hoje dos consumidores: a Conta de Consumo de Combustíveis e a Reserva Geral de Reversão, além de reduzir para 25% a Conta de Desenvolvimento Energético.
"É a primeira vez que isso acontece no Brasil", afirmou a presidente. "Além de garantir a redução, estamos ampliando seu alcance e antecipando sua vigência. Isso significa menos despesas para cada um de vocês e para toda economia."
Sem citar nomes, Dilma se dirigiu aos consumidores das concessionárias que não aderiram ao plano do governo federal para afirmar que eles também pagarão menos. O recado foi para São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina - os três primeiros estão são comandados pelo PSDB. "Espero que em breve até mesmo aqueles que foram contrários à redução da tarifa venham a concordar com o que estou dizendo", cutucou.
A presidente garantiu ainda que não há nenhuma possibilidade de haver racionamento de energia e disse que o sistema do país "é um dos mais seguros do mundo". Desde o ano passado vários estados enfrentam apagões. No início desse ano, o governo federal foi obrigado a acionar as usinas termelétricas para evitar desabastecimento. Dilma disse que isso é "usual, normal e seguro".
"Não há nenhum risco de racionamento ou de estrangulamento em curto, médio e longo prazo", afirmou a presidente, para alfinetar "os pessimistas" em seguida. "Cometeram o mesmo erro os que diziam, primeiro, que o governo não conseguiria baixar a conta de luz. Depois passaram a dizer que a redução iria tardar. Por último, que ela seria menor do que o índice que havíamos anunciado. Todas essas previsões fracassaram."
Fonte: Diário de São Paulo"
UGT - União Geral dos Trabalhadores