17/12/2012
17/12/2012
A União Geral dos Trabalhadores (UGT) mantém o apoio aos trabalhadores técnicos de saúde do Pará, que se mobilizam há mais de um mês em frente aos hospitais particulares do Estado, na tentativa de negociar aumentos e melhorias de condições de trabalho relativas à data base de 1º de setembro. Sem reajuste salarial há mais de 15 meses, a UGT Estadual do Pará (UGT-PA), única central sindical que está na rua representando cerca de 35 mil trabalhadores, clama que sejam negociados os acordos individuais.
Também está na pauta o pagamento de horas extras, folga semanal remunerada, sala de repouso, água potável e jantar para os trabalhadores do turno da noite e madrugada. Todas as segundas-feiras são realizadas reuniões para fazer uma avaliação dos avanços. Cansados das propostas patronais, os representantes da classe trabalhadora não querem mais falar diretamente com os patrões, devido à intransigência do presidente do sindicato patronal - Sindesspa, o médico Breno Monteiro.
Pelo patronal não aceitamos, porque além da proposta ser fatiada, não atende às necessidades, queremos no mínimo 10%, mesmo a inflação sendo 5,30%. Queremos voltar a classificar as funções dentro dos hospitais, desde o porteiro até o almoxarifado, mas não querem. Só querem classificar as categorias profissionais, os técnicos. Estamos conseguindo reajuste numa média de 8,5% a 12% nos hospitais particulares", informou Zé Francisco, presidente da UGT-PA e do Sindicato dos Trabalhadores Empregados de Hospitais e Casas de Saúde do Estado do Pará (Sinthosp).
A partir desta terça-feira, 18/12, desde às 7h da manhã, um trio com papai Noel irá circular pelos principais hospitais, com a temática "Que Natal é este?", o objetivo é fazer menção à falta de condições humanas, sem salário ou água sequer. "Nosso objetivo é conseguir fechar ao menos 6 ou 8 principais hospitais, como o Amazonas, Beneficente Portuguesa, da Saúde da Mulher, de Ortopedia e Traumatologia. Vamos desgastar o patronal. A ideia é mostrar aos trabalhadores que temos sindicatos e mostrar as mazelas dentro dos hospitais como remédio vencido, materiais inadequados", revela Zé Francisco, explicando que a iniciativa tem tido apoio de parentes de pacientes e repercussão na grande mídia.
A ação vai até sexta-feira, dia 21/12 e retoma no dia 26/12 até o julgamento que está previsto para o mês de abril ou maior de 2013. Conforme a adesão, será distribuída uma carta de agradecimento firmando o acordo coletivo.
Caso não haja acordo entre os patrões donos de hospitais e os trabalhadores, quem mais será prejudicada será a população, especialmente quem paga plano de saúde, porque a categoria irá paralisar as atividades por tempo indeterminado, afirma a assessoria da UGT-PA.
Mariana Veltri, com informações da assessoria da UGT-PA"
UGT - União Geral dos Trabalhadores