04/12/2012
04/12/2012
Nesta semana chega ao fim a COP 18 (Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas), que tem a importante missão de dar continuidade à história das mudanças climáticas. A União Geral dos Trabalhadores (UGT), vem participando desta maratona junto a reuniões diárias da CSI e CSA, acompanhando o andamento das negociações, posicionamento dos governos, além de apresentar sua política ambiental e ações da central.
Após a finalização desta etapa, terá início um novo processo de negociações. mas para avançar é preciso do empenho de todos. Quanto a trabalho sindical da CSI em Doha é difícil, pois é proibida a participação da organização sindical. Um dos desafios está sendo trabalhar as campanhas conquistadas, principalmente no que se refere à "Transição Justa", da CSI e os "Empregos Verdes" e o "Trabalho Decente", da OIT (Organização Internacional do Trabalho) da ONU. Com referência aos trabalhadores imigrantes, esta é uma causa que a CSI abraçou arduamente nesta COP", relata Francisco Claudio de Melo, membro do comitê de Sustentabilidade da UGT e presidente do Sindicato dos Farmacêuticos do Estado do Rio de Janeiro.
Com referência ao Brasil, a preocupação é a Plataforma Durban, pois a posição do governo é a de cumprir metas obrigatórias, o que hoje ocorre são metas voluntárias. "Mesmo que esta discussão se refira ao segundo período do Protocolo de Quioto, todos nós precisamos acompanhar o desenrolar e desfecho deste assunto. Como serão essas negociações? Quais são as metas a serem cumpridas? Como o Brasil tem "intenção" de participar? Qual o preço para os trabalhadores? Também há expectativas quanto ao "Fundo Verde do Clima", à "Redução de Emissões por Desmatamento" e à "Degradação Florestal", ao "REDD", mas parece que para estes, a negociação está mais lenta", analisa Francisco Claudio.
A briga de responsabilidades entre os blocos de países desenvolvidos e em desenvolvimento é acirrada. A Europa e os Estados Unidos cobram mais atitudes contra desmatamento e implantação de tecnologias limpas em países em desenvolvimento, como o Brasil, e estes cobram mais atitudes dos países desenvolvidos que consideram responsáveis pela situação da humanidade e do planeta.
O grande desafio é atender a questão das "responsabilidades comuns, porém diferenciadas", instituída com a Eco92 (1992, RIO92, Conferencia da ONU sobre meio ambiente e desenvolvimento) e resgatada com a Rio+20 (2012, RJ/BR, Conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável).
Mariana Veltri junto à comissão de apoio para a Sustentabilidade da UGT (Cristina Palmieri, Domingos Fernandes, Amanda Satelis, Gustavo Garcia)"
UGT - União Geral dos Trabalhadores