28/11/2012
28/11/2012
Rinaldo Martorelli, presidente do Sindicato Nacional de Atletas Profissionais de Futebol, entidade filiada a União Geral dos Trabalhadores (UGT), enviou um ofício a FIFA exigindo que a programação dos jogos da Copa do Mundo de 2014 sejam revistos.
O dirigente, preocupado com a integridade física dos atletas, levanta a questão de as partidas serem disputadas às 13 horas, uma vez que o Brasil é um país tropical e em regiões como norte e nordeste, dependendo do dia, as temperaturas atingem facilmente de 35 a 40 graus a sombra.
Não tem cabimento a realização de partidas de futebol nessas condições. É perigoso para os jogadores que correm riscos de sofrerem algum mau por conta de hidratação", explica Martorelli que conclui: "O engraçado é que o médico que autorizou esses jogos vive em Zurique, na Suíça".
Segundo José Antônio Martins Fernandes (Toninho), secretário de Esportes da UGT, principalmente nos estados mais quentes do nordeste, a temperatura torna-se perigosa não só para os jogadores, mas também para os árbitros e para os torcedores.
Durante a Copa do Mundo, 64 jogos serão realizados e 23 estão previstos para as 13 horas. Esses jogos da tarde serão realizados em Natal, Recife, Salvador e Fortaleza.
Para o Ricardo Patah, presidente da UGT é fundamental que o Brasil promova um grandioso espetáculo, contudo é preciso focar na saúde dos trabalhadores e trabalhadoras que apoiarão a realização da Copa. "É desumano pensar em milhares de pessoas, muitas que nem estão acostumadas com o clima brasileiro, tenham que enfrentar o horário de maior intensidade solar para acompanhar as partidas".
Por Fábio Ramalho - redação da UGT"
UGT - União Geral dos Trabalhadores