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Trabalhadores do gás obtêm vitória parcial. #Paralisação prossegue em algumas empresas


13/11/2012

13/11/2012

Os trabalhadores de distribuidoras de gás de cozinha do Estado de São Paulo - muitos filiados à União Geral dos Trabalhadores (UGT) -, em greve há 16 dias, participaram nesta terça-feira, 13/11, do julgamento realizado do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) sobre os reajustes para a categoria. Em busca de seus direitos e depois de diversas audiências e sem chegar a uma conciliação entre patrões e dirigentes sindicais, a paralisação chegou a acordo parcial. Trabalhadores ligados à Ultragás permanecem em greve, já os ligados à Liquigás e Supergasbras voltam a trabalhar, porém, ainda permanecerão em estado de greve, até um próximo processo agendado para 28/11.

A greve teve início no interior paulista em 29/10 e atingiu há uma semana a capital. A proposta patronal, que tinha sido aprovada pela Federação Nacional dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo, foi de 6% de reajuste salarial e participação nos lucros e resultados de 160%. O que desagradou a classe trabalhadora.

E neste 13 de novembro, depois de julgamento do TRT, em SP, um pouco da expectativa da categoria foi alcançada. Considero uma vitória parcial. Amanhã (14/11) será comunicado à categoria o PLR de 200%, conforme os anos anteriores. Foi dado pelo Tribunal o reajuste de 6%, além do reajuste dos pisos salariais de 7,39%. Sobre os motoristas de entrega automática será aplicado 10% e a manutenção de todas as cláusulas do acordo. Estamos pedindo a extensão dos valores dos vales e cesta básica também. Por conta disso, as empresas do Sindigas estará retornando suas atividades. Mas ainda falta acordar os trabalhadores da Ultra", informou Adilson Carvalho de Lima, presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo de Santos e região.

A União Geral dos Trabalhadores (UGT) sai em defesa dessa categoria, que busca o reajuste do dissídio além de manifestar o abuso das empresas que se aproveitaram da situação para elevar o preço do botijão e vêm coagindo o trabalhador a aceitar a proposta.

Coagida, a categoria dos trabalhadores de gás vinha recebendo ameaças do setor patronal, que vinha circulando um abaixo-assinado aos funcionários para que aceitassem a proposta ou ficariam sem vale ou seus salários. "Algumas pessoas recebiam até telegrama com ameaças", revela o dirigente Floreal Jackson Almela, presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo de São José do Rio Preto e Região.

De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo na região do Grande ABC, Valter Adalberto, a categoria cumpriu a lei de greve de operar com o mínimo de 30% dos funcionários por setor em cada empresa. "É o mínimo para não deixar faltar gás de necessidade básica. Não tem como haver desabastecimento", garante desmitificando o que a grande imprensa vem propagando.

"Informo ainda que não está faltando produto e que os revendedores inescrupulosos estão criando terrorismo à população para práticas indecentes no mercado, ou seja, vendendo botijão de 13 litros, por exemplo, a R$ 100,00", protesta José Martins dos Santos, presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo de Campinas, Paulínia e Região.

"As distribuidoras e revendas aumentaram o valor de 8 por cento um mês antes de iniciar as negociações e alegavam para os consumidores que era por causa do dissídio da categoria, que eles não repassavam", esbraveja Clóvis Petit de Oliveira, Sindicato dos Trabalhadores no Comércio de Minérios e Derivados de Petróleo de Presidente Prudente e região. E apesar de os sindicatos estarem cumprindo o contingente determinado por lei, algumas manobras de empresas acabam dificultando o bom entendimento. "As empresas preferiram colocar esse serviço nas mãos de terceiros, que estão num fracionamento, não estão conseguindo trazer de volta a tranquilidade para o consumidor, porque esse tipo de trabalhador precisa entrar na casa da pessoa, e os consumidores acabam não tendo confiança", alerta Adilson Carvalho.

"Os trabalhadores desse segmento estão de parabéns, pois depois de quase 12 anos de sofrimento e pressão, é que descobriram que poderiam conquistar os seus direitos. Saúdo a todos os trabalhadores do Estado de SP. Conseguimos fechar um acordo. A justiça decidiu pelo lado dos menos favorecidos. A justiça do trabalho está decidindo pelo lado do trabalhador", comemora Carvalho.

por Mariana Veltri"


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