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Futuras gerações sem perspectivas


25/10/2012

25/10/2012

As consequências das políticas de austeridade promovidas pelo premiê Antonis Samaras para agradar aos credores da troika, em troca das parcelas de empréstimos de socorro bilionárias estão, sendo duramente sentidas pela população e a tendência é que chicoteiem o povo por mais alguns anos. Trata-se de políticas unilaterais e desumanas, uma vez que a irresponsabilidade da política econômica grega se refletirá no rebaixamento dos direitos que os trabalhadores da Grécia lutaram por gerações para conquistar.

Os números da homérica crise financeira que o Estado grego tem enfrentado nos últimos anos impressionam. A cada cinco trabalhadores gregos, um está sem qualquer vínculo empregatício. Um triste paradoxo, ainda mais quando se percebe que os poucos que têm alguma ocupação tiveram seus salários drasticamente reduzidos.

Em dificuldades mais sérias encontram-se os jovens gregos. De mãos dadas com jovens de outros países europeus, como Espanha e Portugal, eles marcham a contragosto rumo ao estereótipo de geração perdida. Uma geração qualificada, que não consegue penetrar no mercado de trabalho e que a cada dia sentem a desilusão bater em suas portas. As empresas não estão contratando e, quando contratam, nem sempre buscam por alguém recém-formado, sem experiência. E, ultimamente, a única experiência que esses jovens têm desfrutado é a experiência das consequências da austeridade.

Em dezembro de 2011, a taxa de desemprego juvenil era de 22,1% nos 27 Estados-Membros da União Europeia (UE) e 21,3% na zona do euro, em comparação com 21% e 20,6%, respectivamente, no mesmo mês de 2010.

Na Espanha, na Irlanda e na Grécia, as taxas de desemprego juvenil quase duplicaram, atingindo mais de 40% no caso de Espanha e invertendo as tendências positivas anteriores registradas desde a década de 2000. Em 2011, com exceção da Áustria, Alemanha e Suíça, nenhuma economia avançada registrou taxas de desemprego juvenil em níveis anteriores à crise. Isto terá consequências consideráveis em longo prazo, reduzindo as expectativas de uma carreira dos jovens que ingressam no mercado de trabalho, além de, também, tirar o incentivo da próxima geração para cursos longos e dispendiosos.

Mônica Mata Roma
Secretaria Adjunta Relações Internacionais


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