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24/10/2012

O Sindicato dos Empregados em Clubes Esportivos e em Federações no Estado do Rio Grande do Sul (SECEFERGS), entidade filiada a União Geral dos Trabalhadores - UGT, apresentou denúncia ao Ministério do Trabalho e Emprego contra o presidente do Juventude, Raimundo Demore pela pratica de trabalho escravo. O presidente da entidade sindical, Miguel Salaberry Filho denuncia que o mandatário alviverde está aplicando aos trabalhadores o regime de "trabalho escravo", não paga salários há dois meses, exige trabalho de 10 a 14 horas por dia, não pagando horas extras, não recolhe o FGTS dos trabalhadores, não recolhe a previdência social descontada dos trabalhadores, demitiu o dirigente sindical com mais de 30 anos de serviço ao clube, Renato Tomasini, por sua atuação sindical em defesa dos trabalhadores do Juventude".

Tomasini, ex-supervisor de futebol, foi demitido por justa causa no início do mês. O fato ocorreu após o caso Deoclécio. Tomasini trabalhava há 33 anos no clube e era o responsável por monitorar as súmulas dos jogos. "Como sou sindicalista, tinha que ter um processo para o desligamento, fazer um levantamento de como ocorreu a situação. Eu fui jogado no lixo sem poder me defender", relata Tomasini.

Nesta quarta-feira à tarde,dia 24, o auditor fiscal e gerente do Ministério do Trabalho e Emprego em Caxias do Sul, Vanius Corte, irá ao Estádio Alfredo Jaconi averiguar as denúncias.- Quero ver direito o que está acontecendo. O atraso de salários é uma situação grave, sempre que há uma denúncia temos que agir com uma certa rapidez. O salário tem prazo para ser pago, não tem como vir com essa história de pagar em alguns dias. Pelo que sei, isso já foi dito outras vezes, eles tem que dar garantia mesmo, colocar isso em ata para cumprir. Não é porque é o Juventude que vai ter privilégios, vamos tratá-los como qualquer empregador - adiantou Vanius.

O Sindicalista Paulo Roberto Barck presidente da Central Sindical UGT/RS apoia a denúcia do SECEFERGS e está encaminhando igual denúncia a OIT."