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05/10/2012
Com a greve dos bancários, encerrada dia 27 de setembro, veio à tona uma das manobras patronais para reduzir o número de trabalhadores nas agências bancárias, denuncia o presidente da Federação dos Bancários do Paraná (filiada à UGT), companheiro Gladir Basso.
Atualmente existem mais de 300 mil correspondentes bancários no País, um crescimento significativo nos últimos anos. Em contrapartida, a categoria bancária, que em 1985 chegou a ter próximo de 1 milhão de bancários, hoje tem aproximadamente 540 mil trabalhadores. Isto evidencia a manobra dos banqueiros, que ao invés de contratar funcionários para atender melhor os clientes e usuários dentro das agências, estão investindo fortemente na expansão dos correspondentes bancários, através da rede alternativa de atendimento, como as lotéricas, o Banco Postal, o Banco Popular e Rede Cash, e outros", afirmou o presidente da Federação dos Bancários do Paraná e do Sindicato dos Bancários de Cascavel e Região, Gladir Basso que também é vice-presidente da UGT-PARANÁ.
Para o sindicalista, "esta rede alternativa não apresenta nenhuma segurança para os usuários, como portas giratórias e vigilantes, além do fator social, pois com isso os bancos deixam de gerar empregos e renda, já que contratam pessoas pagando bem menos que os bancários, mas que fazem os mesmos serviços de bancários".
Gladir Basso analisa ainda que, com esta atitude, "os bancos estão cada vez mais elitizando sua clientela, empurrando a parte dos clientes que, teoriamente não trariam maiores lucros para os bancos, para a rede alternativa dos correspondentes bancários".
Ainda segundo Gladir, no caso dos correspondentes bancários, "defendemos que os funcionários sejam contratados e considerados bancários, sendo enquadrados nos acordos coletivos da categoria, e que a segurança nesses estabelecimentos alternativos seja a mesma cobrada pela Polícia Federal, conforme a legislação vigente, das agências bancárias".
Fonte: UGT Paraná"