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26/09/2012
Bancos anunciam diminuição das taxas de juros dos cartões de créditos após pressão do governo e da campanha encabeçada pela União Geral dos Trabalhadores (UGT), que realizou manifestos, desde o dia 09 de maio, com objetivo de alertar a sociedade para os juros exorbitantes cobrados pelas operadoras.
Nesta segunda-feira, 24, uma das maiores instituições privadas do país anunciou corte de cerca de 50% da taxa mínima por atraso no pagamento, de 14,9% para 6,9%. No inicio do mês de setembro, dois bancos estatais anunciaram a diminuição das taxas dos cartões e os demais bancos já sinalizam que estão analisando o mercado de crédito para definir possíveis reduções.
A UGT, no entanto, afirma que as taxas ainda permanecem muito altas, pois o país tem as maiores taxas do mundo. Pesquisas da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (PROTESTE) revelam que o índice brasileiro chega a 238,3% ao ano. O Peru, segundo colocado, tem taxa de 55%, seguido do Chile com 54,25%, a Argentina com 50% e o México com 33,8. No Reino Unido e nos Estados Unidos, a taxa anual dos juros dos cartões de crédito é de 18,7% e 16,89%, respectivamente.
Para Ricardo Patah, presidente da UGT, as medidas são positivas, mas ainda estão longe dos números ideais. Apesar da redução, continua sendo um assalto as taxas cobradas pelas operadoras de cartão. São os trabalhadores e aposentados da classe média - pertencentes à base da pirâmide de consumo - que mais recorrem aos cartões e acabam sendo massacrados pelas cobranças abusivas dos juros".
A UGT vê de forma positiva a concorrência entre as operadoras no intuito de reduzir os juros e acredita que apesar deste corte, a taxa continua abusiva quando comparada à taxa básica de juros, a Selic, indexada em 7,5%. E alerta que a sociedade deve continuar atenta, porque apesar desta diminuição, que pode estimular o consumo, os juros continuam altos para endividamento.
Por Giselle Corrêa, da redação da UGT"