17/08/2012
17/08/2012
A União Geral dos Trabalhadores (UGT) manifesta seu repúdio contra a atrocidade dos policiais sul-africanos que abriram fogo contra os manifestantes mineiros, nesta quinta-feira (16/08), na cidade de Marikana, a cem quilômetros ao norte de Johannesburgo, matando ao menos 34 pessoas.
Como representante da classe trabalhadora, a UGT não admite tamanho ato de covardia e vê como abuso de autoridade, sendo direito do trabalhador participar de um diálogo aberto, por igualdade social, sem o uso de violência. O ato que varreu de sangue as ruas africanas, remete à barbaridade policial da época do apartheid, segundo informações da imprensa local. E a UGT expressa seu apoio ao presidente Jacob Zuma, que pede que os líderes trabalhistas trabalhem junto ao governo para impedir essa situação antes que ela piore.
As desigualdades sociais que afligem os mais de 50 milhões de habitantes da África do Sul continuam no governo do partido Congresso Nacional Africano (ANC). A mina, palco do massacre de quinta-feira, pertence à companhia britânica Lonmin, que está no centro de uma violenta disputa entre centrais sindicais. Os distúrbios levaram a empresa a suspender a produção no país, que responde por 12% da platina no mundo. Antes dos confrontos, o governo havia admitido que negociações com os grevistas fracassaram e os manifestantes ameaçaram um derramamento de sangue" se a polícia interviesse.
Ricardo Patah
Presidente Nacional da UGT"
UGT - União Geral dos Trabalhadores