23/05/2013
Trabalhadores temporários já somam 46 milhões no mundo. O dado foi divulgado no relatório econômico 2013 da CIETT (Confederação Internacional das Agências Privadas de Emprego, sigla em inglês).
O Brasil é o segundo país com maior número de pessoas trabalhando neste regime. Os Estados Unidos da América é a nação que mais usam a mão de obra por tempo determinado, empregando 12,9 milhões de pessoas. O Japão aparece em terceiro lugar no ranking, com 2,6 milhões.
Paulo Rossi - presidente da UGT-PARANÁ e do SINEEPRES - Sindicato que representa os trabalhadores temporários no Paraná, avalia que o Brasil vem se consolidando como um mercado emergente, porém ressalta que os trabalhadores temporários atualmente são muito discriminados nos locais da prestação de serviços. "A nossa luta é para que os trabalhadores contratados em regime temporário tenham os mesmos direitos e benefícios dos trabalhadores contratados em regime efetivo, pois a terceirização tem sido vista como uma forma de precarização das relações de trabalho", diz Rossi.
Outro problema apontado por Rossi é que muitas empresas de trabalho temporário sequer possuem autorização do Ministério do Trabalho e Emprego para prestarem esse tipo de serviço.
"Precisamos que os órgãos públicos fiscalizem com mais rigor essas empresas que ganham contratos e que na maioria das vezes ao receberem a primeira fatura fecham suas portas e deixam os trabalhadores sem receber um centavo sequer", conclui o representante sindical.
De acordo com a CIETT, os setores brasileiros de prestação de serviços terceirizáveis e de trabalho temporário tiveram faturamento de R$ 73,9 bilhões no último ano.
Fonte: UGT Paraná
UGT - União Geral dos Trabalhadores