03/04/2012
03/04/2012
O sindicalismo internacional demonstra novamente sua força de articulação e solidariedade, para enfrentar as duras consequências que a crise financeira internacional está tendo sobre diversos países do mundo, em especial os europeus.
No dia 29 de março deste ano as Centrais Sindicais Union Generalde Trabajadores de España (UGT) e Comisiones Obreras convocaram uma greve geral no país, que teve a adesão de mais de cinco milhões de pessoas em toda a Espanha. A União Geral dos Trabalhadores (UGT-Brasil), em conjunto com as demais Centrais da Coordenadora de Centrais Sindicais do Cone Sul - CCSCS enviou uma nota de apoio dos trabalhadores e trabalhadoras desta sub-região aos companheiros espanhóis, em solidariedade à luta que elestravaram no próximo dia 29.
Recebemos relatos de que a manifestação obteve grande sucesso, com uma porcentagem muito grande de adesão, mesmo em face das ameaças das empresas de cortarem do salário dos trabalhadores que entrassem em greve por volta de 100 euros, o que realmente implicaria num sacrifício grande do trabalhador. Mas essa ameaça não deteve a vontade de clamar por justiça e mais de 5 milhões de pessoas tomaram os centros das principais cidades da Espanha, elevando bandeiras e cantos de protesto contra as medidas que o governo chamado popular tem tomado para combater a crise que os assombra. A medida de maior impacto na vida dos trabalhadores é a proposta de Reforma Trabalhista que atualmente se encontra em processo de votação no congresso daquele país, que flexibiliza as regras para contratação, menos direitos adquiridos e praticamente acaba com a estabilidade no emprego,dando condições e autorização aos empregadores para demitir seus funcionários sem critérios e regras que protejam o trabalhador. Em suma, é um golpe aos direitos fundamentais dos trabalhadores, e uma afronta aos princípios democráticos de um país que teve e tem tão grande influência na história e na cultura da nossa região latino americana.
Reiteramos nosso protesto ao governo espanhol por sua postura dócil e permissiva com relação aos grandes empresários que querem evitar pagar pela crise que desencadearam, e utilizar o trabalhador como moeda de troca para conter a crise que avassala o velho continente. A luta dos trabalhadores é internacional e a UGT se posiciona a favor dos companheiros e companheiras que hoje lutam para garantir um futuro melhor para seus filhos, e uma sociedade mais justa e com mais direitos para os trabalhadores.
Saiba mais sobre a greve geral aqui
UGT - União Geral dos Trabalhadores