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19/03/2012
O Sindicato dos Padeiros de São Paulo realizou na manhã desta segunda-feira, 19/03, o Bate-papo com Soninha Francine. A pré-candidata à prefeitura de São Paulo pelo PPS apresentou ao público quais são suas ideias para uma cidade inteligente. Qual cidade seria ideal? Deixou a pergunta Chiquinho Pereira, presidente do Sindicato e secretário de Organizações e Políticas Sindicais da União Geral dos Trabalhadores (UGT).
Durante o encontro, que também contou com a presença do presidente do PPS Carlos Fernandes, Soninha disse que o voo mais alto que quer dar na vida pública é ser prefeita da cidade. E frisou que antes de tudo é preciso resolver questão de moradia, para aí resolver a melhoria do transporte, saúde e educação. Problema de segurança, lixo, saneamento, políticas públicas para as mulheres entraram na pauta para uma qualidade de vida.
A pré-candidata enfatizou a falta de planejamento urbano e a dispersão da maioria da população que busca locais mais baratos para viver, longe dos centros comerciais, o que dificulta o acesso aos transportes. Não há sistema de transporte que dê conta de 200 mil pessoas que moram longe do centro e vão trabalho para o trabalho todos os dias. As mães têm que sair às vezes 4 horas da manhã para chegar a tempo no trabalho, porque antes têm que levar o filho na creche, que abre só às 7 horas", expôs.
Para a saúde Soninha sugere um mutirão como medida de urgência aos atrasos de atendimento para pré-consulta, antes de poder realizar qualquer exame. Para ela, o Estado também tem o dever e possibilidade de garantir justiça na distribuição dos bens e boas condições de trabalho.
Com relação ao que ela chama de cidades inteligentes, é preciso usar o máximo de sua capacidade. Aproveitamento do solo urbano, para melhor distribuir as pessoas, melhorando a qualidade do ar, água e ambiente, para uma sociedade mais equilibrada.
E finalizando o encontro, Soninha enfatizou a importância dos valores no exemplo de uma sociedade através da educação. "Sem educação não resolve o trânsito, não resolve a segurança, não resolve o meio ambiente, as questões ligadas à sexualidade. A educação não é só passar informação, mas valores como respeito. Respeito no trânsito, ao outro. Valor de responsabilidade. Tudo o que eu faço ou deixo de fazer tem uma conseqüência imediata ou daqui a dez anos. Os valores estão na família, na escola, no ponto de vista do poder público, no exemplo de uma sociedade em que vale à pena ser educado e na mídia também, promovendo valores", exemplifica.

Para ela é preciso ter indignação e a confiança do que a gente veio fazer, que pode fazer a diferença.
Mariana Veltri, da redação da UGT"