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Eleito na CBAt propõe miniatletismo nas escolas do país


23/02/2012

23/02/2012


É preciso reavaliar toda a educação física no Brasil, se é que a gente quer ser um país mais desenvolvido esportivamente", afirmou o presidente eleito da Confederação Brasileira de Atletismo, José Antonio Martins Fernandes, 53, que vai dirigir a entidade no período entre 2013-2016.

Escolhido em assembleia geral há 12 dias, em Manaus, Toninho, como é conhecido, articula um encontro de líderes esportivos e sindicais com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante.

O objetivo é apresentar um diagnóstico do atletismo brasileiro e suas perspectivas de desenvolvimento, com sugestões de mudanças na política educacional do país para que o esporte de base seja melhor tratado nas escolas.

"Temos relatos até de que a educação física é muitas vezes tratada apenas na sala de aula, a parte teórica, não a parte prática. Em todo o mundo, o modelo de incentivo ao esporte começa na escola, e a gente não sente isso hoje no movimento escolar brasileiro", disse o cartola, que desde 2000 dirige a Federação Paulista de Atletismo e também é diretor da UGT (União Geral de Trabalhadores).

"Nada melhor do que fazer isso por meio do atletismo, que é um esporte base, que representa todos os outros esportes. Podemos introduzir o miniatletismo nas escolas. Não é utópico, não é nada do outro mundo, e poderia dar um avanço muito rápido à educação física no Brasil."

O "miniatletismo", diz ele, é uma espécie de versão das modalidades esportivas adaptadas às condições específicas das escolas.

"Não precisa ter pista de atletismo, pode-se usar outros equipamentos, criar situações diversas dentro de um espaço físico, que pode ser uma quadra, para desenvolver o atletismo", declarou.

Fazendo isso, acredita ele, o país poderia colher bons frutos no futuro. "É o esporte base: correr, andar, saltar, arremessar, lançar. Todas essas questões são fundamentais para o enriquecimento básico do atleta, é útil para todas as modalidades."

Na avaliação do substituto de Roberto Gesta, "está todo mundo preocupado com o cimento, ou seja, com a estrutura, mas ninguém está preocupado com o RH, ou seja, com os técnicos, com a formação de atletas e com o treino de alto rendimento".

A entrevista com o ministro não está marcada nem o documento a ser apresentado tem versão final. Tudo ficará para depois do Carnaval, quando Fernandes espera conquistar mais apoio.

"Vamos conversar com algumas centrais sindicais. A UGT se prontifica a participar, estamos conversando com a Força Sindical e vamos tentar falar também com a CUT para que deem ideias e participem da reunião", afirmou.

Fonte: Folha de São Paulo (22/02/2012)"


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