09/02/2012
09/02/2012
Nesta quinta-feira, 09 de fevereiro, a Secretaria da Mulher da União Geral dos Trabalhadores (UGT) traçou um plano de ações da pasta para 2012, durante a primeira reunião do Coletivo de Gênero realizada com os sindicatos filiados e as UGTs Estaduais, na sede da UGT Nacional.
Cássia Buffelli, secretária da Mulher e coordenadora do Coletivo de Gênero, ressaltou a importância da luta no enfrentamento a todas as formas de violência contra a mulher.
Desde a criação de comissão de mulheres no Cone Sul, fóruns, ações entre as centrais sindicais, atividades de rua, agitação em redes sociais, blogs e conferências, a UGT Mulher tem se mobilizado para ter seus direitos reconhecidos, conquistar a equidade de oportunidades e parar de ser vítima do processo de violência.
Para acabar com as dificuldades, elas propõem mais acesso das mulheres aos sindicatos e no Congresso Nacional, para que as bandeiras sejam debatidas e entrem para a agenda de luta. Além do Fórum Nacional de Mulheres trabalhadoras de centrais sindicais, a Secretaria da Mulher tem a proposta de que cada central componha o Fórum Estadual. Não deve ser um debate de nós para nós mesmos. Só assim poderemos fortalecer nossas ações", defende Cássia Buffelli.
Por faltar tempo à mulher, que é tanto trabalhadora quanto dona-de-casa e cuidadora da família, esta acaba não encontrando espaço para reivindicar, daí a importância da ratificação da Convenção 156 (Responsabilidade Compartilhada entre Homens e Mulheres). "A gente faz um apelo para que cada estado dedique um momento para falar do PL da Igualdade. Este ano comemoram-se os 80 anos do voto feminino e precisamos batalhar pela reforma política, porque não temos mulher que nos represente no Congresso Nacional", ressalta Cássia.
Uma forma de discriminação no ambiente de trabalho é a questão da diferença salarial entre homens e mulheres. Para março estão programadas diversas ações para acelerar a votação do PL da Igualdade, tais como um seminário da reforma política agendado para o dia 02 de março, no qual estarão presentes alguns parlamentares.
Para o dia 08 de marco, que é o Dia Internacional da Mulher, a será realizada uma atividade de rua (a UGT Convida) falando sobre as bandeiras comuns às centrais junto aos movimentos sociais. E para fechar o mês, no dia 29 haverá um encerramento das atividades em ato público no Congresso Nacional para a introdução do PL.
"Vamos fazer um texto conjunto sobre a importância do voto feminino, focando a importância do PL da Igualdade. O interesse vai se dar após sua aprovação, uma vez que ele fala da Cipe nas empresas. Uma vez que dará ao trabalhador espaço para se defender e poder denunciar, o que diminuiria em parte a discriminação", frisa a secretária.
A UGT está presente também na propagação da luta pela ratificação da Convenção 189 (Trabalho Doméstico) no Congresso, nas bandeiras de luta do dia 1º de maio com todas as centrais. Para o final do mês de maio está programado um seminário para tratar da categoria doméstica.
As mulheres da UGT destacam os debates das agendas de propostas em vista das eleições municipais, apontam a importância das mulheres candidatas para representar os trabalhadores no governo. Para agosto está planejada a 1ª Conferência Nacional de Gênero da UGT, que trará entre os assuntos a necessidade da representatividade do movimento sindical no parlamento. "Só haverá mudança, a partir de uma construção coletiva de compromisso de todos que participam", finaliza Cassia.
Mariana Veltri, da redação da UGT"
UGT - União Geral dos Trabalhadores