03/02/2012
03/02/2012
Mesmo com o acirramento da crise econômica mundial, o Brasil criou, em 2011, 1.944.560 postos de trabalho celetistas. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), apontam um crescimento de 5,41% em relação ao estoque de empregos de dezembro de 2010. O resultado foi o segundo melhor da série histórica do CAGED, menor apenas que o de 2010, quando foram criados 2.543.177 postos. A série contém informações ajustadas, ou seja, acrescidas de declarações fora do prazo, até novembro de 2011.
O ministro interino do Trabalho e Emprego, Paulo Roberto Pinto, considera que, para 2012, a expectativa em relação à geração de empregos no mercado de trabalho formal é bastante favorável. Segundo ele, deverá haver um incremento em torno de dois milhões de empregos formais celetistas ao final do ano. O ministro explicou que o cenário positivo se dará, em parte, pelo conjunto de ações que vem sendo implementadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego com o objetivo de estimular a geração de emprego e renda.
Entre essas ações, ele destacou o Programa de Geração de Emprego e Renda (Proger) que, mediante a disponibilização de linhas de crédito às empresas, contribui para a redução do trabalho informal e democratização do crédito, com taxas de juros inferiores àquelas praticadas pelo mercado de crédito brasileiro
a continuidade das aplicações de recursos do FGTS, por meio dos financiamentos tradicionais e das operações de mercado
e o reajuste dos valores de avaliação de imóveis e renda familiar bruta mensal para fins de enquadramento nos programas habitacionais, em especial no Programa Minha Casa, Minha Vida.
As informações por setor de atividade econômica mostram expansão generalizada do emprego. No setor de Serviços, teve o segundo maior saldo para o período, com a criação de 925.537 postos (6,43%). No Comércio foram gerados 452.077 postos (5,61%), na Construção Civil 222.897 postos (8,78%), e na Indústria de Transformação 215.472 postos (2,69%). A Agricultura obteve o melhor resultado desde 2005, com a criação de 82.506 postos (5,54%), na área Extrativa Mineral foram gerados 19.510 postos (10,33%), saldo recorde para o período, Administração Pública foram registrados mais 17.066 postos (1,90%) e no setor de Serviços Industriais de Utilidade Pública houve a criação de 9.495 vagas (2,48%).
A análise dos dados segundo o recorte geográfico também revela a expansão do emprego em todas as grandes regiões e Unidades da Federação. Com relação às grandes Regiões, os resultados foram: Sudeste (1.000.365 postos, terceiro maior saldo, com dois estados apresentando o segundo melhor desempenho)
Nordeste (329.565 postos, segundo melhor resultado, com um estado apontando recorde e três o segundo maior saldo)
Sul (328.608 postos, terceiro maior saldo para o período)
Centro-Oeste (+154.593 postos, segundo melhor desempenho, com um estado registrando o segundo melhor saldo) e Norte (131.429 postos, segundo melhor resultado, com dois estados exibindo recordes e um o segundo maior saldo).
Os estados que mais geraram empregos em 2011 foram São Paulo, com 551.771 novos postos (4,77%)
Minas Gerais, 206.402 postos (5,42%), o segundo maior saldo para o período
Rio de Janeiro, com 202.495 postos (5,95%), também o segundo melhor resultado para o período
Paraná, 123.916 postos (5,20%) e Rio Grande do Sul, com a criação de122.286 (5,15%). Foram registrados desempenhos recordes no Amazonas, com 45.186 postos (11,47%)
Alagoas, 20.050 postos (5,91%) e Amapá, que gerou mais 7.256 postos (11,90%). Os estados de Pernambuco, com 89.607 novas vagas (7,62%)
Goiás, 68.053 postos (6,77%)
Pará, 51.493 postos (8,04%)
Paraíba, 20.273 postos (6,13%) e Sergipe, mais 19.213 postos (7,38%), também tiveram segundo melhor resultado desde 2003.
No conjunto das nove Áreas Metropolitanas houve crescimento de 5,26% em 2011, com a geração de 792.048 postos de trabalho. O resultado é oriundo da expansão generalizada do emprego, com três regiões metropolitanas revelando o segundo maior saldo desde 2003. As Áreas Metropolitanas que mais se destacaram, em termos absolutos foram São Paulo, com 292.940 novas vagas (4,73%)
Rio de Janeiro, que teve 142.125 novos postos (5,49%)
Belo Horizonte, com 88.217 (5,95%). Em Recife foram gerados 66.021 empregos com carteira assinada (8,29%), a maior taxa de crescimento dentre as nove regiões metropolitanas.
Dezembro - Devido a fatores sazonais (entressafra agrícola, término do ciclo escolar, esgotamento da bolha de consumo no final do ano, fatores climáticos) que afetam quase todos os setores e subsetores, o nível de emprego em dezembro de 2011 foi negativo. No total, houve redução de 408.172 postos de trabalho, representando uma queda de 1,08%, em relação ao estoque de dezembro de 2010. O resultado é muito próximo do ocorrido em 2010, quando houve uma redução de 407.510 postos (-1,12%). O número de admissões em dezembro foi de 1.305.051 e o de desligamentos foi de 1.713.223, nos dois casos, os maiores registrados para o mês.
A análise setorial mostra que, dentre os 25 subsetores, somente três elevaram o nível de emprego: Instituições Financeiras, com 1.855 postos (0,28%)
Serviços Médicos e Odontológicos, com 1.370 postos (0,09%) e Extrativa Mineral, com mais 64 postos (0,03%). As maiores quedas do emprego ocorreram na Indústria de Transformação que, mesmo com redução de 146.004 postos (-1,75%), teve a menor queda no mês, desde dezembro de 2007. Em Serviços, a queda foi de 84.096 postos (-0,05%)
na Construção Civil, a redução foi de 77.479 postos (-2,80%) e na Agricultura a diminuição foi de74.082 postos (- 4,59%), a menor queda para o mês, desde dezembro de 2003.
Fonte: MTE
UGT - União Geral dos Trabalhadores