28/01/2012
28/01/2012
A União Geral dos Trabalhadores (UGT) promoveu, na última sexta-feira (27), um seminário onde foram debatidas questões que envolvem a crise neoliberal e a resposta dos trabalhadores. Com o tema UGT e o trabalho decente", o evento aconteceu no prédio da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e fez parte da programação oficial do Fórum Social Temático, que se encerrou neste domingo (29).
O seminário reuniu militantes ugetistas, representantes dos movimentos sociais e de diversas centrais que debateram a luta dos trabalhadores e trabalhadoras e, em especial, das entidades de representação de classe, em prol do fortalecimento das melhorias na condição de laboral da população.
A atividade contou com dois painéis: "Fortalecimento do Mercosul a partir do Diálogo Social", ministrado por Ramon Ermácora, diretor do Instituto Intersindical de Estudos de Capacitação do Sul (Incasur). E "Trabalho decente durante as obras da Copa do Mundo, experiência das greves do Maracanã", apresentado por Nilson Duarte da Costa, presidente da UGT Rio de Janeiro.
Em sua apresentação, Ramon debateu as questões que envolvem o Mercosul e a urgência em se pensar em mudanças para o atual modelo praticado pelos países que o compõem. "Da forma que está, para a classe trabalhadora, é como se, em alguns países, fossemos coniventes com o trabalho indecente, pois os trabalhadores e a trabalhadoras acabam por serem explorados. Vivem em condições subumanas, são mal remunerados e não conseguimos fiscalizar da maneira que precisaria ser feita".
Ramon enfatizou também que, apesar de haver uma crise financeira instalada em diversos países, o bloco do Mercosul vem adotando medidas de enfrentamento que estão dando bons resultados, mas que é preciso continuar lutando.
Nilson apresentou durante sua palestra, um vídeo sobre as paralisações das obras do Maracanã para a Copa de 2014.
O presidente realçou que por conta dessas manifestações, os trabalhadores que mal tinham direitos, conquistaram avanços importantes ao receber, em condições mais dignas, benefícios como: auxílio médico, cesta básica, entre outros. "A empresa que administra a obra, antes da greve, queria dar apenas sete reais de aumento na cesta básica dos trabalhadores e nós conseguimos um reajuste de 80 reais. Com o plano de saúde foi a mesma coisa, assim como os equipamentos de segurança que eram inadequados e agora estão em perfeito estado. Nós não podemos permitir nem admitir que uma empresa que está realizando uma obra que custará cerca de 1 milhão aos cofres públicos, continue explorando os profissionais".
Segundo o dirigente, um representante do sindicato fica, em caráter permanente, vistoriando o andamento das obras para verificar as condições laborais dos trabalhadores.
Por Fábio Ramalho - de Porto Alegre"
UGT - União Geral dos Trabalhadores