21/11/2011
21/11/2011
A Internacional de Trabalhadores da Construção e Madeira (ICM) promoveu um encontro com sindicalistas da construção nos estados que serão sede da Copa do Mundo de 2014. O evento, que aconteceu nos dias 16 e 17, em São Paulo, teve como objetivo definir uma pauta unificada de lutas para negociação de ampliação dos direitos dos trabalhadores.
No encontro, que reuniu representantes de sindicatos da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Força Sindical, CGTB, Nova Central e CUT, foi elaborado um documento que será entregue a Confederação Nacional da Indústria (CNI), ao Ministério do Trabalho e a Secretaria Geral da presidência da República.
Com a entrega desse documento, até o final deste ano, os sindicalistas pretendem negociar com as construtoras a criação de um piso salarial nacional para operários, valor baseado na remuneração mínima praticada em São Paulo, que é de R$968, somada ao crescimento do faturamento da construção em 2011, que corresponde a 11,9%, mais a inflação do período.
Segundo Edson Bernardes, vice presidente da ICM para América Latina, esta campanha em prol do trabalho decente nas obras que compõem a realização de mega eventos esportivos no Brasil, esta sendo positiva e superando as expectativas da ICM. Para nós, trabalhador não pode pagar as contas para a realização desses eventos, pois quando acontecem obras desse tipo, muitas vezes a questão humana é deixada de lado, enaltecendo somente a lucratividade", conclui.
Dentre as reivindicações estão o reajuste do vale-alimentação para R$300, plano de saúde extensivo para os familiares dos trabalhadores, participação nos lucros no valor de dois salários mínimos e piso para adicional noturno e horas-extras.
"É importante as entidades sindicais estarem unidas para reivindicar uma pauta unificada, para lutar contra a disparidade que existe entre o que recebem os profissionais do Rio de Janeiro, por exemplo, em relação a um trabalhador de Natal", explica Nilson Duarte, presidente da UGT-RJ e do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada de RJ (SINTRAICP).
Por Fábio Ramalho - Redação UGT"
UGT - União Geral dos Trabalhadores