19/10/2011
19/10/2011
A União Geral dos Trabalhadores (UGT) apóia a decisão do Copom em reduzir a Taxa Selic em 0,5%. Lamenta apenas ter faltado ousadia a favor do Brasil e se adotar uma redução mais enérgica, de pelo menos um ponto percentual. Isso sim seria uma decisão pelo Brasil, pela geração de empregos e pela produção, mesmo assim é um alerta aos especuladores de que nossa economia tem novo rumo e que a agiotagem no País daqueles que se beneficiam com os juros altos está com os dias contados.
A UGT entende que a decisão do Copom vai ao encontro das incertezas geradas pela crise internacional e seus reflexos sobre a economia brasileira. Ela é um passo positivo no sentido de se tentar construir outra orientação em termos de política econômica que, neste momento, visa evitar uma desaceleração maior do crescimento, e cujo impacto já se observa na redução do número de contratações com carteira assinada.
É prematuro, no entanto, afirmar que tal redução significa uma mudança radical da política monetária, ainda mais quando se leva em conta que boa parte da dívida pública atualmente se encontra vinculada, direta ou indiretamente, à inflação, e não mais à própria Selic. Mantida tal tendência e a alta inflacionária, os efeitos da redução da Selic serão menores nos encargos da dívida pública.
O momento, contudo, é apostar em medidas de fomento da economia para enfrentar as turbulências da economia mundial e isso passa pela criação de um ambiente macroeconômico favorável à recapacitação financeira do Estado, aos investimentos públicos e privados para proverem a oferta de bens e serviços, garantir o crescimento econômico, preservar e ampliar os empregos e melhorar a renda
Ricardo Patah
Presidente nacional da UGT
UGT - União Geral dos Trabalhadores