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Nas ações por melhor qualidade aos idosos, UGT #se torna a primeira central sindical a fazer parte da ONU


19/10/2011

18/10/2011
A União Geral dos Trabalhadores (UGT), no compromisso de atingir os oito Objetivos do Milênio (ODM) das Organizações das Nações Unidas (ONU), em 2015, tem entre suas principais bandeiras, a questão dos idosos e aposentados para que estes sejam melhor incluídos na sociedade. E com o foco nessas ações, formou parceria com o Instituto Qualivida, reconhecido pela ONU, uma vez que é membro da Global Action Aging, cuja sede está localizada na própria Nações Unidas e envolve diversas Organizações Não Governamentais (ONGs). E o que deve ressaltar, é que, com essa parceria, a UGT se torna a primeira entidade sindical a fazer parte de uma comissão da ONU que trata da questão do idoso, através do Conselho Econômico e Social da entidade, o Ecosoc, representado pelo Qualivida.
De acordo com as novas estatísticas demográficas, a faixa-etária de maior expansão é a de idosos. Declínio da mortalidade, diminuição da natalidade, melhorias no saneamento básico e o avanço da medicina têm contribuído para a longevidade da população mundial. Segundo expectativas da ONU, a população com mais de 60 anos que na década de 70 era de 5 milhões e hoje pulou para quase 20 milhões, deve aumentar consideravelmente nos próximos 50 anos. A UGT, como membro da Aging firma seu compromisso de garantir às pessoas uma velhice com qualidade.
Do boom" da velhice que se deu no Brasil em 1970, a população que atinge o centenário dobrou e já se fala em uma quarta idade. Em 2050, um em cada quatro brasileiros será idoso. "Muitos de nossos velhos não têm amparo do governo e acabam sendo um problema para seus familiares", explica Carlos Roberto Nolasco Ferreira assessor da Secretaria de Finanças da UGT e ... do Qualivida. Esta parceria inicialmente permitiu que a UGT criasse a Secretaria Nacional do Aposentado e uma Secretaria de Direitos Humanos que também se dedica a atividade de apoio ao idoso.
Desamparados pelo Estado e muitas vezes afastados do emprego, cabe aos familiares os devidos cuidados. "Esta carga é reforçada pela queda da fecundidade e a maior participação das mulheres no mercado de trabalho. Além do número cada vez menor de filhos que possam ampará-los nos anos de debilidade, grande parte das pessoas dessa família nuclear que trabalha e/ou estuda fora de casa, tornando-se impossível 'cuidar' de um velho que não seja independente", enfatiza Roberto Nolasco. Longe de querer ser um "fardo" para a família, muitos dos idosos optam por mudar para clínicas e lares geriátricos. E ampará-los tornou um desafio para a nova sociedade.
Porém, os novos idosos, desde os anos 80, têm encontrado seu valor na sociedade. Mais engajados socialmente, participam de programas de políticas públicas ou privadas - seja em programas de convivência, Universidades da Terceira Idade, seminário etc. Seguros e vaidosos, cuidam melhor do corpo e da mente, buscando o equilíbrio afetivo e emocional: namoram, casam-se de novo e até trocam de parceiros.
Tem o Estatuto do Idoso, aprovado na Constituição do País, que garante mais qualidade e melhorias à população mais velha, mas se faz necessária a atuação da sociedade no diálogo social. "A opção do Instituto Qualivida foi a de se associar com uma grande central sindical como forma de garantir uma atuação nacional. Tivemos na pessoa de seu presidente, Ricardo Patah, um grande apoiador e entusiasta com o assunto", diz Nolasco.
Com o apoio dos sindicatos filiados, que já passam de 1.000, a UGT procura criar uma rede de proteção ao idoso através de políticas públicas adequadas à cada região.
São diversas as frentes de atuação: desde programas de qualificação junto às empresas aos aposentados com capacidade de trabalho, com vista à Copa do Mundo de 2014 e Olimpíadas
atendimento ao idoso dependente não assistido pelo governo - dos 20 milhões de idosos, 7% sofrem do Mal de Alzheimer, dependem de tratamentos em clínicas ou em casa com os familiares através de um cuidador, porém, requer recursos financeiros - e, por fim, a parceria UGT/Qualivida oferece também o treinamento e capacitação de cuidador de idoso, uma vez que o Brasil não se preparou para esta realidade.

O Instituto Qualivida, junto à UGT, obteve do Ministério do Trabalho recursos para treinar e qualificar o cuidador de idoso. "É uma profissão cada vez mais procurada por aqueles que têm recursos para pagar, mas também permite que familiares de idosos possam se qualificar para cuidar de seus velhinhos. O curso é gratuito e está aberto em todo o Brasil", informa.
Um das medidas da ação é atuar junto aos governos locais para que estes ofereçam às famílias o sistema home care, evitando a ida dos idosos até um posto de saúde. O secretário de finanças da UGT argumenta que há milhões de analfabetos e a desigualdade de renda que atinge grande parcela da população, acaba por se refletir no atendimento aos idosos, porém, o idoso tem contra si a própria idade. Daí o destaque da parceria: ao invés da central sindical se voltar apenas em quem trabalha, ter atuação maior na própria sociedade. "Afinal, idoso quem não é, um dia vai ser. É questão de tempo", finaliza.
Mariana Veltri, da redação da UGT"


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