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Atuação da UGT desperta interesse em sindicalismo europeu


06/10/2011

06/10/2011
A União Geral dos Trabalhadores (UGT) vai a campo, conhece as condições laborais dos trabalhadores e aprendizes europeus e leva o modo de fazer sindicalismo no Brasil, em solos do Velho Continente. Na continuidade das ações de seminários e palestras do projeto Trabalho Decente para uma Vida decente", organizado por centrais sindicais e ONGs da Áustria, Bulgária e Romênia, a UGT tem participado, nos meses de setembro e outubro, na Europa, para falar da importância do movimento sindical em torno da temática que a central vem atuando, a fim de promover a fiscalização por melhores condições ao trabalhador.
Gustavo Garcia e Poliana Duarte, assessores da UGT, foram conhecer a atuação dos conselheiros e trabalhadores da fábrica ÖBB, companhia ferroviária austríaca
a Vöest Alpine, a maior produtora de aço daquele país
uma multinacional, a SKF, assim como a produção local de sapatos (deteriorada pelo alto custo e garantias pagas a um trabalhador em detrimento das ínfimas condições encontradas na China, conseqüência da globalização).

"A China possui uma lei de trabalho muito inferior a dos países europeus, com mão-de-obra barata e custo reduzido de produção inalcançável na Europa", explicam Gustavo Garcia e Poliana Duarte, que foram informados de que Áustria está em decadência, com mais de 110 mil trabalhadores capacitados, porém, desempregados.
E como o trabalho decente preza por condições econômicas, que agregam proteção social e qualidade de vida, a equipe da UGT se reuniu com ativistas e representantes da sociedade civil para debater as principais questões que afetam os trabalhadores no mundo e os efeitos que a globalização e a crise mundial tiveram sobre o emprego e os direitos sociais na população.
"Os sindicalistas europeus e as ONGs participantes se mostraram bastante interessados no trabalho que a UGT tem desenvolvido, em especial a abertura para temas e novos atores, como os trabalhadores informais, pescadores, migrantes e os grupos que geralmente não são representados por sindicatos, como os GLBT e as populações de rua", destacam Garcia e Poliana.
Entram na pauta de interesse dos europeus, aspectos sócio-político-culturais no Brasil e o que acarretam à economia, como o setor de energia, a usina de Belo Monte e suas consequências à população ribeirinha, a questão indígena, produção e transporte agrícolas e o custo sustentável.
"Entre os principais temas das perguntas estiveram a valorização da mulher no mercado de trabalho e a luta da UGT pela igualdade de oportunidade, salário e tratamento, assim como a responsabilidade familiar, licença maternidade e assuntos relativos ao Mercado Comum do Sul (Mercosul) e a atuação da legislação trabalhista", relatam os assessores.
Para finalizar a atividade foi proposta uma cooperação entre as centrais e a UGT, que expôs suas ações na promoção da Agenda Nacional do Trabalho Decente no Brasil, Conferências municipais, estaduais e federal, para a valorização do trabalhador e auto-reforma sindical.
Mariana Veltri, da redação da UGT"


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