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Inflação medida pelo IPCA-15 já acumula 7,33% em 12 meses, a maior desde 2005


21/09/2011

21/09/2011
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo - 15 (IPCA-15), a prévia da inflação oficial do país, voltou a acelerar com alta de 0,53% em setembro, praticamente o dobro da variação de 0,27% em agosto, segundo dados divulgados nesta terça-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Foi a maior expansão para esse mês desde 2003. Com isso, a taxa acumulada no ano subiu a 5,04%, bem acima do resultado de igual período do ano anterior (3,53%). Já a taxa acumulada em 12 meses subiu a 7,33%, a maior desde junho de 2005 quando esse indicador registrou 7,72%.
Alimentos e bebidas foi o grupo de produtos que exerceu a maior pressão para a alta do IPCA-15 em setembro, já que respondeu por 0,17 pontos percentuais da variação de 0,53%. A inflação de transportes teve a segunda maior contribuição com 0,13 pontos.
Vários alimentos ficaram mais caros em setembro, sendo os principais reajustes: açúcar cristal (4,72%) e refinado (4,59%), leite pasteurizado (2,64%), frango (2,51%), carnes (1,79%) e arroz (1,74%).
Mas foi a inflação das passagens aéreas que, individualmente, exerceu a maior pressão na alta do IPCA-15. Com aumento médio de 23,40% no mês, ante queda de 5,91% em agosto, a passagem aérea respondeu por 0,09 ponto percentual da variação de setembro.
O professor Luiz Roberto Cunha, da PUC-Rio, acredita que o IPCA-15 veio um pouco acima das estimativas do mercado, que previa 0,50%, mas lembrou que os alimentos vieram menores que o esperado, o que é bom. Segundo ele, as surpresas foram vestuário e passagens aéreas.
-- Foi um resultado inesperado, mas isso é a maldição dos índices, sempre vai ter um chuchu para atrapalhar -- disse, se referindo aos frequentes pontos fora da curva" que elvam os preços.
Ele acredita que os preços continuarão aquecidos e que o câmbio, com dólar em elevação, será mais uma pressão para a inflação. Mesmo assim ele estima que o BC continuará cortando juros:
-- O presidente (do BC, Alexandre) Tombini foi categórico em uma recente entrevista ao "Valor", ao dizer que o BC agora olha inflação e crescimento. Assim, teremos inflação um pouco mais alta e um crescimento que não vai cair tanto -- disse, avaliando a decisão do BC de cortar a Selic como "arriscada e arrojada".
Já o professor Alcides Leite, da Trevisan Escola de Negócios, disse que com esse resultado é praticamente impossível que inflação do ano fique dentro do teto da meta (IPCA de 6,50% em 2011), mesmo levando em conta que o acumulado em doze meses tende a cair até o fim do ano, com a substituição de índices muito elevados dos últimos meses de 2010 por valores altos, porém inferiores, neste ano.
Com a forte alta de preços em setembro, o IPCA-E (IPCA-15 acumulado nos meses de julho, agosto e setembro) chegou a 0,90%, bem acima do resultado de igual período de 2010 (0,17%).
Para o cálculo do IPCA-15, os preços foram coletados entre 13 de agosto e 13 de setembro, e comparados com aqueles vigentes de 14 de julho a 12 de agosto de 2011. O indicador calcula o aumento do custo de vida para famílias com rendimento de 1 a 40 salários mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e Goiânia. A metodologia utilizada é a mesma do IPCA. A diferença está no período de coleta dos preços.
Fonte: O Globo"


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