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16/09/2011
Após muita expectativa e na esperança de ter seus direitos e dignidade humana cumpridos, depois de uma greve que durou mais de 15 dias, trabalhadores do estádio do Maracanã tiveram suas ações julgadas ilegais pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Rio de Janeiro, na tarde desta sexta-feira (16). Os operários envolvidos na reforma para a Copa de 2014 realizarão uma assembleia na frente do portão 13 do estádio, às 7h de segunda-feira (19).
O presidente da União Geral dos Trabalhadores Estadual do Rio (UGT-RJ), Nilson Duarte Costa, que também representa o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada Intermunicipal do Estado (Sitraicp), indignado, comenta a decisão judicial: Alegaram a ilegalidade do movimento por descumprimento da Lei 7783, que estabelece comunicação 48 horas antes da paralisação no jornal e às empresas envolvidas. Mas nossa greve é estritamente social. A greve não teve convocação nem assembleia. Os trabalhadores pararam por alimentação estragada, falta de segurança no local de trabalho e nutricionista no canteiro de obras".
Considerada abusiva a greve, o TRT foi para o campo da legislação atual e decretou a volta ao trabalho. Mas o lado do trabalhador ainda precisa ser ouvido. "Vamos fazer assembleia para comunicar a categoria e ver qual a posição deles. Se eles não concordarem, a greve terá que continuar", adverte Nilson Duarte Costa.
No fim de agosto, o Consórcio (Delta, Odebrecht e Andrade Gutierrez) tinha aceitado parte das reivindicações, concedendo aumento da cesta básica de R$ 110 para R$ 160, plano de saúde e abono dos três dias de greve. Porém, nada disso chegou a ser cumprido. Depois veio o fator da comida com prazo de validade vencido, o que acarretou na continuidade do movimento. Com a decisão desta sexta-feira, o acordo foi anulado.
Mariana Veltri, da redação da UGT"