17/08/2011
17/08/2011
O deputado Roberto Santiago (PV-SP) , vice-presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT) recebeu em seu gabinete, na presidência da Comissão de Defesa do Consumidor, nesta terça-feira (16), representantes da União Geral dos Trabalhadores (UGT) que foram a Brasília aumentar o coro da Marcha das Margaridas, a maior manifestação feminista da América Latina que conta esse ano com 100 mil trabalhadoras do campo que lutam contra o uso agrotóxicos e um ato público no Congresso Nacional pela reforma política.
A Marcha das Margaridas foi criada em homenagem ao legado de Margarida Maria Alves, dirigente sindical e símbolo da luta das mulheres por terra, trabalho, igualdade e justiça. Margarida rompeu com padrões de gênero em sua época ao ocupar, durante 12 anos, a presidência do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de Alagoa Grande (PB), município a 100 quilômetros a oeste da capital. Ela fundou também o Centro de Educação e Cultura do Trabalhador Rural e teve a sua trajetória marcada pela luta contra a exploração, pelos direitos dos trabalhadores rurais, contra o analfabetismo e pela reforma agrária.
Morreu aos 50 anos, em 1983, assassinada por um pistoleiro, que disparou um tiro de escopeta em seu rosto a mando dos usineiros da Paraíba. O crime teve repercussão nacional. Porém, como tantos outros cometidos contra trabalhadores rurais, ficou impune. A Marcha das Margaridas foi criada como forma de dar visibilidade às lutas das mulheres do campo e da floresta e para denunciar a impunidade contra as mortes de trabalhadores rurais.
Carolina Mourão
UGT - União Geral dos Trabalhadores