26/07/2011
25/07/2011
A União Geral dos Trabalhadores - UGT, chama a atenção do governo brasileiro a agir com rapidez para defender a indústria nacional e manter nosso mercado de trabalho.
Nosso parque industrial vem sendo atacado pela forte valorização do Real, que torna nossas exportações mais caras em relação à concorrência internacional. O dólar atingiu na segunda, 25 de julho, R$ 1,542, o menor patamar desde janeiro de 1999. Coincidindo com declarações da presidente Dilma Rousseff, que disse que seu governo descarta medidas mais ousadas para conter a valorização do Real. Se isso realmente acontecer nosso parque industrial corre sério risco e podemos entrar num processo de desindustrialização, com o fechamento de empresas e a perda de milhares de empregos com conseqüências desastrosas para a sociedade brasileira, isso sem contar que, aí sim, a inflação vai entrar nas nossas vidas a galope.
Nossa fragilidade industrial já é uma realidade. Ela foi detectada pelo Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) que avalia a competitividade industrial de 13 nações emergentes. O índice PMI do Brasil caiu dos 50,8 pontos em maio para 49 pontos em junho. O mais baixo indicador desde julho de 2009 e fomos o único, dos 13 países, a apresentar desempenho negativo. Negativo para o parque industrial, negativo para os interesses do país, da sociedade e dos trabalhadores.
Outro ataque vem do aumento da Taxa Selic para 12,5%, que atrai dólar do mundo inteiro que pressiona, ainda mais, o Real, hoje uma das mais valorizadas moedas do mundo, num país onde se paga os maiores juros do mundo para o capital especulativo. Não podemos pagar para vê. São necessárias medidas urgentes contra a desindustrialização e em defesa do emprego.
Ricardo Patah, presidente nacional da União Geral dos Trabalhadores (UGT)
UGT - União Geral dos Trabalhadores