16/07/2011
20/07/2011
Ricardo Patah
A União Geral dos Trabalhadores (UGT) sai mais unida e democratizada do seu 2o. Congresso, que reuniu mais de 3.500 lideranças do Brasil todo em São Paulo. Confirmamos nossa inserção na classe trabalhadora, na sociedade e junto ao Poder Público.
Detalhamos as estratégias de interesse da classe trabalhadora brasileira em torno da defesa das 40 horas semanais, sem redução salarial
pelo fim do Fator Previdenciário
pela regulamentação da terceirização sem precarização dos salários e das condições de trabalho
pela aprovação da Convenção 158, da OIT, para gerenciarmos a sangria desatada das demissões arbitrárias. E por uma mobilização permanente em torno das campanhas salariais para conquistar aumentos reais e ampliar a distribuição de renda, através dos salários, para a classe trabalhadora brasileira.
Tivemos a honra de compartilhar nossos debates e posições diante do cenário político e econômico com interlocutores de grande projeção nacional como o ministro Gilberto Carvalho, secretário da presidência da República que esteve no evento representando a presidente Dilma Rousseff. Nos honraram com a presença o ex-presidente Lula e o ex-governador de São Paulo, José Serra. Presentes também Geraldo Alckmin, governador de São Paulo e o vice governador Afif Domingos. Além de uma centena de autoridades do mundo sindical e político, presidentes e representantes de centrais sindicais, deputados federais e estaduais.
Contamos também com a presença do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, do presidente da Fiesp, Paulo Skaff, do presidente da OAB-SP, Luiz Flávio Borges D'Urso.
Transformamos o 2o. Congresso num evento cívico no qual confirmamos na prática o acerto dos últimos quatro anos quando trabalhamos, a duras penas, para estabelecer o modelo de sindicalismo ético e inovador, com respeito às diferentes opiniões, nos esforçando de maneira continuada para buscar a harmonia que só o exercício árduo da democracia permite.
O esforço compensou. Hoje temos a UGT plural como ficou provado em nosso 2o. Congresso. Na plateia, lideranças sindicais literalmente vinculadas a todas as tendências políticas brasileiras. Em nossas fileiras temos o orgulho de contar com a participação ativa de líderes sindicais vinculados ao PC do B e ao DEM, ao PV e ao PPS, ao PMDB, PMN e ao PT. Somos uma amostra do Brasil real que pulsa nas fábricas e nos escritórios, nas fazendas, nos barcos de pesca e nas lojas.
Que aprende no dia a dia a construir a democracia brasileira com muito diálogo e muita tensão mas sem desistir, jamais, do projeto de um Brasil mais justo e mais igual que nos une e dá sentido aos nossos projetos de Nação.
Agora, estamos prontos para dobrar de tamanho, depois de termos saído dos 361 sindicatos na nossa fundação e chegado a mais de mil no 2o. Congresso. Sem perder a grande qualidade que nos caracteriza que é a independência política, a unidade na ação, o respeito às diretorias dos sindicatos que sustentam e apoiam a UGT.
A democracia ugetista é construída e renovada todos os dias. Para nos ajudar a manter o foco nos grandes problemas nacionais que fazemos questão de interferir, como são os investimentos em Saúde, em Educação e na Infra-estruturado País.
Cada dirigente da UGT sabe a importância de sua atuação democrática, de respeitar os pontos de vista dos demais companheiros e companheiras, de agir sem personalismo e sem os nefastos e defasados golpismos que, infelizmente, ainda fazem parte da agenda dos que só acreditam nos interesses pessoais e se esquecem, de maneira impatriótica, que o Brasil crescerá com mais vigor e com mais harmonia com o exercício continuado da democracia. Em todos os sentidos. Em todos os eventos. Todos os dias.
Por Ricardo Patah, presidente nacional da UGT
FOTOS DO CONGRESSO
UGT - União Geral dos Trabalhadores