16/06/2011
15/06/2011
Servidores municipais de Picos paralisam atividades e cobram Plano de Carreira
Em protesto contra a política salarial do governo Gil Marques de Medeiros, o Gil Paraibano (PMDB), que teima em manter os salários congelados desde que assumiu o poder em janeiro de 2005, os servidores públicos municipais de Picos resolveram paralisar as atividades na quinta-feira, 2 de junho, por 24 horas, e caso não tenham suas reivindicações atendidas poderão decretar uma greve por tempo indeterminado.
Foi decidido em assembléia extraordinária realizada em 18 de maio que durante toda esta quinta-feira, 2 de junho, os servidores estariam mobilizados para cobrar do prefeito Gil Paraibano o envio imediato para a Câmara de Vereadores do Plano de Cargos e Salários da Administração Geral da Prefeitura
Para reforçar o movimento grevista, logo pela manhã os servidores realizaram uma manifestação em frente ao Palácio Coelho Rodrigues - sede do governo municipal - com a presença de funcionários das várias secretarias como educação, saúde, serviços públicos, cultura, infra-estrutura, meio-ambiente.
Com faixas e cartazes e com apoio de um carro de som, os manifestantes demonstraram toda a indignação e revolta para com a administração Gil Paraibano, que não respeita as garantias dos servidores do município, principalmente em relação aos salários, que estão congelados desde janeiro de 2005 quando ele assumiu o comando do Palácio Coelho Rodrigues.
Durante a manifestação de hoje, que foi liderada pelo presidente do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Picos (Sindserm) Eufrásio Leônidas dos Santos e pelo secretário geral, advogado Glauber Jonny Silva, os trabalhadores receberam manifestações de solidariedade de lideranças dos vários segmentos sociais, dentre os quais os suplentes de vereador Simão Carvalho Filho e Filomeno Portela Richard Neto, representante do movimento Muda Picos, assistente social Maria Claudéia
Gertrudes Oliveira, da União das Mulheres Picoenses e o delegado regional do Sinpoljuspi, Rogério Bezerra.
Apesar de ser um movimento legítimo, a paralisação dos servidores públicos municipais de Picos não contou com o apoio de nenhum dos dez vereadores da cidade. Apenas Iata Anderson e José Luís de Carvalho, da base de apoio ao prefeito Gil Paraibano, estiveram observando de longe a manifestação realizada na manhã de hoje e mesmo convidados não quiseram se pronunciar, retirando-se do local em seguida.
Ameaças
No momento em que se realizava a manifestação na manhã de hoje, o secretário geral do Sindserm, Gláuber Silva, denunciou diversas ameaças sofridas pelos servidores. O cinegrafista da prefeitura está aqui gravando imagens e nos intimidando. Também a fotógrafa da Secretaria de Comunicação do Município, Sheila Fontenele, está aqui registrando imagens dos servidores a mando da Procuradoria do Município para nos intimidar, mas não conseguirão. Por isso peço uma vaia para eles pelo ato que estão praticando", solicitou, sendo atendido prontamente.
Segundo Gláuber Silva a adesão a paralisação superou as expectativas do sindicato e, prova disso é que a manifestação realizada na manhã desta quinta-feira atraiu os professores em peso, além de servidores da saúde, garis, integrantes da Banda de Música e de vários outros setores da administração como Meio-Ambiente, Serviços Públicos, Cultura e Infra-Estrutura.
Como até o momento a prefeitura não apresentou nenhuma proposta, Gláuber Silva garantiu que a categoria vai continuar mobilizada e se até amanhã, 3 de junho, o prefeito Gil Paraibano não enviar para a Câmara Municipal de Picos o Plano de Cargos e Salários de várias categorias de servidores, uma nova paralisação acontecerá na próxima quinta-feira, 9, com manifestações pela ruas da cidade.
"Se o prefeito continuar insensível aos nossos apelos e não atender as reivindicações dos servidores, não descartamos a possibilidade da decretação de uma greve por tempo indeterminado", alertou o secretário do Sindserm Gláuber Silva.
Fonte: Jornal de Picos on line e Redação da UGT"
UGT - União Geral dos Trabalhadores