Notícias

10/06/2011
Com a participação de mais de 600 delegados, a União Geral dos trabalhadores - UGT encerra nesta sexta-feira, dia 10, em Praia Grande-SP, o ciclo de plenárias estaduais rumo ao ao 2º Congresso Nacional da entidade, que será realizado nos próximos dias 14, 15 e 16 de julho na capital paulista.
Iniciadas em abril pelos estados do nordeste, a UGT promoveu em todas unidades da federação, incluindo o Distrito Federal, uma plenária com o objetivo de discutir as propostas e os rumos a serem definidos pela central a partir das resoluções do seu 2º Congresso Nacional.
Além dos dirigentes da Nacional, a plenária de São Paulo, contou com a participação de todos presidentes das demais UGT's estaduais. Para o presidente nacional da UGT, Ricardo Patah, graças a essa expressiva participação, a plenária de São Paulo de forma emblemática, consolidará o conjunto de propostas que serão encaminhadas para avaliação no 2º Congresso Nacional. o presidente fez uma menção especial a grande participação das mulheres na plenária de São Paulo. "Dos 600 participantes temos cerca de 150 mulheres". Trabalhadores rurais, pescadores e informais também foram mencionados como prioritários nas ações a serem desenvolvidas pela UGT.
Patah também alertou para a necessidade de valorização das questões sindicais como a redução da jornada de trabalho sem redução de salário, assim como o fim do fator previdenciário." A redução da jornada de trabalho tem que acontecer ainda este ano. Pois ela significa a inclusão daqueles que estão fora do mercado de trabalho, ao mesmo tempo que possibilita um tempo livre para que o trabalhador possa dedicar a sua qualificação profissional", afirmou Patah. "Já o fator previdenciário, somos a única central que não aceita outra alternativa que não seja a sua extinção", afirmou o presidente da UGT, Ricardo Patah, que finalizou dizendo que "precisamos elevar todos os trabalhadores a classe média, e só faremos isso quando a Educação for a prioridade número 1 em nosso país".
Participação das mulheres
A participação das mulheres também mereceu uma atenção especial por parte dos dirigentes sindicais presentes na plenária estadual de São Paulo. "Somos a única central sindical com mais de 30% de mulheres no seu quadro dirigente", lembrou o secretário geral Canindé Pegado. O secretário de Organização e Políticas Sindicais, Chiquinho Pereira destacou a luta pelo fim da violência contra as mulheres. A secretária de Saúde e Segurança no Trabalho da UGT, Cleonice Caetano Souza, disse que "a UGT tem mostrado nesses quatro anos que empunha a bandeira dos menos favorecidos, seja na questão racial, das pessoas com deficiência, LGBT. Porém, mesmo assim, para dar continuidade a essa luta as mulheres precisam estar presentes de forma ativa neste Congresso", e conclamou a participação feminina, para que seja superada a meta de 30%.
Movimento sindical
A necessidade de uma nova postura por parte do movimento sindical no que diz respeito as mais diversas questões, não somente da classe trabalhadora, mas também da sociedade como um todo, deram o tom dos pronunciamentos dos principais dirigentes da UGT, durante a realização da Plenária de São Paulo. O deputado federal e vice presidente da UGT, Roberto Santiago, argumentou que existem questões que já se arrastam por vários anos, e "precisamos começar a pensar e discutir estratégias para que não continuemos reclamando por mais décadas. Temos no Congresso Nacional, 513 deputados, porém apenas 80 estão ligados aos trabalhadores. Sabem o que conseguiremos aprovar lá? Nada. Por que na hora de votar o trabalhador votou no patrão". Para o deputado está na hora de começarem a construir um novo caminho e é isso que a UGT está fazendo com essas plenárias rumo ao 2º Congresso.


Joacir Gonçalves, da Redação da UGT"