UGT UGT

Filiado à:


Filiado Filiado 2

Notícias

UGT-RS promove abertura da IIIª Plenária Estadual


29/04/2011

29/04/2011
A comoção gerada pelo anúncio da morte do cantor nativista Rui Biriva e a presença da direção nacional da Central marcaram a abertura da IIIª Plenária Estadual da União Geral dos Trabalhadores do Rio Grande do Sul (UGT-RS), dia 26/04, nas dependências do SEST/SENAT do Bairro Humaitá. Organizado com o propósito de definir as principais resoluções que a central sindical defenderá no seu 2º Congresso Nacional, marcado para os dias 14, 15 e 16 de julho, em São Paulo, o evento atraiu lideranças de entidades filiadas a UGT-RS. O objetivo da Plenária é identificar as expectativas do trabalhador de cada região e também discutir novas alternativas para o Brasil.
As presenças do secretário geral, Francisco Canindé Pegado, do secretário de Organização, Chiquinho Pereira, do secretário de Finanças, José Moacyr Pereira, e do secretário de Relações Institucionais, Miguel Salaberry Filho, além da secretária de Direitos da Criança e do Adolescente, Orildes Lottici, e do ex-governador do Estado, Alceu Collares, foram destaque na abertura da IIIª Plenária Estadual da UGT, ocorrida na manhã de 26 de abril, em Porto Alegre.
Ao abrir os trabalhos, o presidente da UGT gaúcha, Paulo Barck, fez alusão à morte do cantor tradicionalista Rui Biriva e adiantou que a discussão proposta pelo evento iria além da questão trabalhista, mas procurando abordar uma nova forma de conduzir o país, marca que - segundo disse - caracteriza o sindicalismo desenvolvido pela Central.
José Moacyr Pereira, secretário nacional de Finanças, apontou os graves problemas de infraestrutura que afligem o Brasil, como a crise no setor dos transportes e as inundações nas grandes cidades. Para ele, a realização da Copa do Mundo de futebol é uma oportunidade ímpar de o país progredir e também de se repensar as formas de governá-lo.
Miguel Salaberry Filho, secretário nacional de Relações Institucionais da UGT, assinalou a forte presença da Central na vida nacional e também no Rio Grande do Sul, também lamentando a morte do cantor nativista.
Francisco Canindé Pegado, secretário-geral, pregou a necessidade de rediscutir e atualizar o programa da UGT, já que a Central cresceu muito mais que as outras, proporcionalmente, por ser uma entidade pluripartidária e sem atrelamento. Pegado antecipou o desejo da direção de realizar um congresso nacional com forte presença de trabalhadores.
Com uma fala veemente, o secretário nacional de Organização, Chiquinho Pereira, cobrou do movimento sindical um protagonismo maior na vida nacional. Ele comentou o fato de a UGT ser fruto de um processo inverso às demais, ao nascer da junção de três entidades - SDS, CAT, CGT e sindicatos independentes. Conforme afirmou, dos anos 70 para cá, as centrais resultaram de rachas de suas direções.
Chiquinho denunciou a mudança de caráter das manifestações do Dia 1º de Maio, hoje transformadas em atos festivos. Ele considerou lamentável" o papel das centrais na atualidade, acusando as lideranças de "anular a luta dos trabalhadores em troca do aconchego do governo federal". Nesse momento, o sindicalista citou o episódio da aprovação do aumento do salário mínimo, feito de acordo com a vontade do governo.
Por sua vez, Alceu Collares, ex-governador do Estado, afirmou que as centrais sindicais são a expressão moderna do sindicalismo e que "o neoliberalismo está de joelhos depois da queda do muro de Wall Street".
PAPEL DO SINDICALISMO NA CRISE - Fechando a primeira parte dos debates, Ricardo Franzoi - coordenador técnico do Departamento Intersindical de Estatística e Estados Sócio-Econômicos (DIEESE) - demonstrou o quanto o movimento sindical contribuiu para a superação da crise que se abateu no mundo a partir de 2009. Franzoi fez ver que ao assumir as propostas das centrais sindicais e se voltar para o mercado interno, o governo enfrentou a crise em melhores condições que outras nações.
Ricardo Franzoi citou o equívoco dos que diziam que o aumento do salário mínimo quebraria o país, o contrário do provado pela realidade. Mesmo assim - segundo falou - persistem as desigualdades regionais e o papel das centrais está em propor a alteração do padrão de distribuição de renda. O coordenador do Dieese demonstrou que o pagamento dos juros da dívida interna do Brasil - na ordem de R$ 235 bilhões seria suficiente para construir 120 estações de metrô por ano e custear 16 anos do programa Bolsa Família, que consome na ordem de R$ 15 bilhões ao ano.
IIIª Plenária da UGT-RS antecipa debates do Congresso Nacional da entidade

Após um primeiro dia de intensos debates e conferências, o dia 27 de abril foi reservado para os debates em grupo, quando os participantes apresentaram as propostas que a UGT gaúcha defenderá no 2º Congresso Nacional da entidade, marcado para os dias 14, 15 e 16 de julho, em São Paulo, momento em que serão discutidas as expectativas do trabalhador de cada região e também novas alternativas para o Brasil.
LIVRO - Ao final do dia 26/04, a Central aproveitou para promover o lançamento do livro e DVD intitulados "Seminário Nacional da UGT", resultante do Seminário Nacional Cem Anos de Movimento Sindical no Brasil, realizado em conjunto e nas dependências da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), com a presença de mais de 700 participantes, entre sindicalistas, estudantes, intelectuais, autoridades e lideranças comunitárias.
Palestra critica consumismo e defende ativismo pela preservação ambiental
A crítica mordaz ao consumismo e a constatação de que é preciso radicalizar na defesa do meio ambiente foram os destaques da palestra de Erledes Elias da Silveira, mestre em Educação e secretário nacional de Formação Sindical da UGT. Em sua fala, o catedrático acusou o neoliberalismo de transformar as pessoas em simples consumistas e, como indivíduos, despreocupados com o coletivo. Para ele, os político de cobrar uma melhor divisão das riquezas, através de políticas públicas, voltadas para a educação, saúde, moradia, previdência e demais questões sociais.
O secretário nacional de Formação da UGT apontou o economicismo como um traço do movimento sindical brasileiro marcado na época da ditadura, que prioriza os aumentos salariais e benefícios voltados para a necessidade econômica do trabalhador. Mas, segundo disse, o sindicalismo deve ingressar na luta social em busca da melhoria da qualidade de vida de toda comunidade. A partir dessa visão, Erledes Elias da Silveira acredita que temas como a preservação do meio ambiente são fundamentais para o futuro da humanidade. "Construir um mundo melhor depende dessa compreensão e não somente à relação capital/trabalho", comentou.
Antes de abrir a palavra para a intervenção da plenária, o educador exibiu um filme de curta duração onde é explicado o círculo vicioso do consumismo, que começa na devastação da natureza e se consuma na poluição sistemática do lixo industrial, que polui a água, a atmosfera e os seres vivos, inclusive a raça humana, também ameaçada de extinção.
Interação marca encerramento da IIIª Plenária Estadual
A dinâmica aplicada pelo professor Erledes Elias da Silveira motivou os participantes a permanentemente intervir ao longo de sua exposição. No encerramento, durante o relatório dos grupos, os delegados interviam na apreciação das propostas apresentadas. Entre elas, a defesa apresentada pela presidente do Sindicato das Domésticas de Passo Fundo, Maria de Lourdes Pupe pela regulamentação da profissão, uma das mais antigas mas que sofre da precarização na relação trabalhistas.
Em clima de descontração cada participante transmitiu sua mensagem à plenária, conferindo o tom humanista ao encontro. A maioria das declarações fez menção à organização do evento e ao sindicalismo de unidade que marca a UGT e é liderado no Rio Grande do Sul pelo rodoviário Paulo Barck."


Categorizado em: UGT,


logo

UGT - União Geral dos Trabalhadores


Rua Formosa, 367 - 4º andar - Centro - São Paulo/SP - 01049-911 - Tel.: (11) 2111-7300
© 2023 Todos os direitos reservados.