25/03/2011
25/03/2011
A UGT está atenta aos problemas enfrentados pelos trabalhadores de Portugal e enviou uma carta de apoio aos seus representantes no país. Os cortes nos direitos trabalhistas e nas pensões, além de outras medidas anunciadas, têm provocado mudanças nas relações de trabalho e acendido um sinal de alerta às ações governamentais ao redor do mundo.
Portugal enfrenta uma grave crise econômica e anunciou os cortes como medidas para tentar controlar seu déficit orçamentário. A medida, no entanto, gerou desconforto não só nos trabalhadores, como em membros do próprio governo. Prova disso é que nesta quarta-feira (23) o primeiro ministro, José Sócrates, pediu demissão ao presidente da República, Cavaco Silva.
A quarta-feira também foi marcada por uma série de greves no setor de transportes em protesto contra a redução de salários imposta pelo governo. Além disso, no último dia 12 mais de 180 mil portugueses participaram de duas manifestações simultâneas ocorridas na capital do país, Lisboa, e na cidade de Porto. Jovens que veem seu futuro como uma interrogação e profissionais das mais diversas áreas tinham como palavra de ordem o fim da precariedade no emprego, incluindo serviços informais, os estágios não remunerados e os chamados falsos autônomos,que não têm direito a férias nem a 13º salário.
Organizados pela união sindical CGTP, os protestos acontecem enquanto o governo de Portugal enfrenta o desafio crescente de convencer investidores e Bruxelas de que pode conter seu déficit orçamentário e evitar o destino de Grécia e Irlanda, que tiveram de buscar ajuda externa.
Estados Unidos
Em Wisconsin, nos Estados Unidos, o caso envolvendo os trabalhadores também é grave. Os deputados do estado aprovaram um projeto de lei que proíbe os sindicatos de participar de negociações coletivas de funcionários públicos, ferindo a convenção 98 da OIT, que garante a todos os trabalhadores o direito de sindicalização e negociação coletiva. Além disso, anunciaram cortes de US$1,6 bilhão no orçamento de escolas e governos locais.
Maurício Gomide, da Redação da UGT
UGT - União Geral dos Trabalhadores