09/02/2011
09/02/2011
O Salário Mínimo pago a milhões de trabalhadores brasileiros segue sendo um dos menores do mundo e, por consequência, nosso país continua na vergonhosa lista das nações com os piores indicadores sociais e de distribuição de renda do planeta. Lutar para mudar essa realidade é dever fundamental daqueles que assumem suas responsabilidades no exercício consciente da cidadania. É o que fazem os sindicalistas e as centrais sindicais neste momento em que reivindicam aumento do Salário Mínimo para valor superior aos R$ 545 que o governo tenta impor.
A UGT não renega o acordo feito durante o governo anterior. Ao contrário, reconhecemos os méritos daquele modelo e as vantagens que resultaram da aplicação das regras ali estabelecidas. Mas, no meio do caminho havia uma pedra... A crise econômica internacional derrubou a taxa de crescimento no ano de 2009, obrigando o governo a estabelecer políticas compensatórias que beneficiaram os banqueiros, os industriais e os comerciantes com bilionárias desonerações tributárias e empréstimos maciços do BNDES, entre outros mecanismos. O que agora reivindicam as centrais sindicais é compensação também para os trabalhadores que ganham salário mínimo.
Se oportuna foi a ação do governo ao compensar o impacto da crise nos lucros dos bancos, das indústrias e do comércio, por quê acusar agora de oportunismo os sindicalistas que buscam o mesmo tipo de compensação para os trabalhadores?
A União Geral dos Trabalhadores mantém a reivindicação de imediato aumento real para o Salário Mínimo e reafirma a disposição de prosseguir na ação unitária com as demais centrais sindicais, seja na mesa de negociações com o governo ou no Congresso Nacional. E, sempre, na mobilização dos trabalhadores nas bases.
Ricardo Patah
presidente da União Geral dos Trabalhadores - UGT
UGT - União Geral dos Trabalhadores