20/01/2011
20/01/2011
Estado participativo ajuda no desenvolvimento da economia local
Foi realizada na manhã desta quinta-feira, na Secretaria Estadual do Emprego e Relações do Trabalho (SERT), a primeira reunião da Comissão Estadual do Emprego (CEE) de 2011. O recém-empossado secretário estadual do Emprego e Relações do Trabalho, David Zaia, que também é vice-presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), recebeu apoio dos membros da CEE e das demais centrais sindicais que estiveram presentes.
O encontro serviu para expor as ações do governo direcionadas para as políticas públicas de emprego e renda. Participaram das atividades Natal Leo, secretário geral do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da UGT (Sindiapi-UGT), que apontou a importância das ações das comissões e do Banco do Povo Paulista para o desenvolvimento do estado e levantou os desafios para elevar a empregabilidade
o ex-secretário executivo da CEE, Juan Carlos Dans Sanchez, fez um balanço dos quatro anos de sua gestão (desde 2007) e o presidente Ivo Dall'Acqua Júnior intermediou a mesa falando sobre as perspectivas e ações da CEE .
David Zaia passou para a CEE algumas ações que o governo do estado de São Paulo tem interesse em investir. Para ele é importante a ampliação do investimento nas indústrias e setores produtivos, para que estes permaneçam no estado evitando a guerra fiscal, que faz o setor empresarial migrar para outros lugares, prejudicando a empregabilidade. Desenvolver o estado e incorporar as pessoas é tarefa das secretarias das comissões", alerta Zaia.
O secretário da CEE também destacou o problema da qualificação dos trabalhadores e disse que o governo vai investir, junto à Secretaria do Desenvolvimento, em educação mais qualificada para estes profissionais. "Os jovens têm que sair da escola mais qualificados. Vamos investir no ensino técnico ou na qualificação como complemento", informa. Para isso defende a importância de aprofundar o contato com o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e as parcerias das comissões com suas secretarias como forma de contribuir com suas ações na área da empregabilidade, qualificação e renda. "A CEE tem papel fundamental para a ampliação das parcerias", ressalta Zaia.
Por meio de quadros comparativos de ações de comissões e Bancos do Povo nos municípios, Natal Leo trouxe resultados de regiões que tiveram atuação de um ou outro, assim como da ausência dos dois ou a presença atuante de ambos para ver como influenciou o nível de empregabilidade e o desenvolvimento regional. Em um balanço geral pôde notar que onde havia a atuação de ambos, melhorava a renda da população. E nos melhores níveis de emprego, há presença forte da CEE. Na faixa de 50% a 100% de empregabilidade, que atinge 123 cidades, notou 84% de ações das comissões, faltando 16% apenas de comissões. Quando a faixa de emprego cai de 0% a 50%, abrande 522 cidades, com um total de 49% das ações de comissões, o que deixa ainda a necessidade de se implantar 51% delas.
Natal explica que o desafio é ativar as comissões que estão faltando e a expectativa é de ter um relacionamento mais forte com os diretores regionais da secretaria
atuar como órgão de controle nas cidades com mais de 3 mil habitantes
ter um representante na Secretaria do Desenvolvimento para acompanhar a implantação do Via Rápido de Emprego (programa para melhorar qualificação) e, garantir da Secretaria o apoio à comissão como nos últimos anos.
O ex-secretário executivo, Juan Sanchez, disse que durante seu exercício, através de ações empreendedoras, conseguiu reduzir a taxa de juros que hoje se encontra a 4,7%. Destacou a implantação de mutirões de créditos que foi decisiva nas metas de empreendimentos e as ações para qualificação como o Emprega São Paulo, que em 2008 se destacou por trazer a intermediação da mão de obra via internet. inicialmente eram 106 mil colocados no Sistema de Gestão de Ações de Emprego (Sigae) do MTE
hoje o numero subiu para 225 mil colocados.
Outro programa que merece destaque entre suas ações é o Time de Emprego, que capacitou 106 monitores, que chegaram a atender uma demanda de 5 mil trabalhadores.
Juan Sanchez finalizou apontando a falta de escolaridade como um problema no mercado de trabalho. "São muitos os estudantes que não conseguem concluir o ensino fundamental. E uma das metas é o foco para o EJA Profissionalizante (Educação de Jovens e Adultos), programa que capacita profissionais para garantir a formação no ensino fundamental", explica ele salientando que as estruturas educacionais serão adequadas com kit EJA. As escolas receberão TVs LCD e data shows.
Mariana Veltri, da redação da UGT"
UGT - União Geral dos Trabalhadores