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Foi realizada a Cumbre do MERCOSUL entre os dias 14 e 16 de dezembro na cidade de Foz do Iguaçú, Paraná. Concomitantemente a este evento, houve a Cumbre Sindical, onde a Secretaria de Integração para as Américas teve participação ativa a fim de aprofundar o processo de integração entre os Estados americanos. A UGT participou desse evento através da delegação brasileira.

Esse foi um momento histórico para o Brasil, posto que foi o fim de sua presidência pro tempore. O próximo a assumir a presidência será o Paraguai. Nesta Cumbre houve avanços nas negociações de acordos econômicos e de infraestrutura, em especial devido ao FOCEM (Fundo de Convergência Estrutural do Mercosul). Porém, ainda há muito que progredir na busca pela plena integração. Podemos, ainda, destacar as homenagens rendidas a Nestor Kirchner, falecido no dia 27 de outubro deste ano, quando ocupava a presidência da UNASUL. Outro ponto importante da Cumbre foi a despedida do Presidente do Brasil, Luís Ignácio Lula da Silva, que participou de sua última Cúpula como Presidente.

Para a Secretaria, é de fundamental importância que o processo de integração entre países-membros do MERCOSUL seja feito de maneira que o desafio da integração econômica seja superado em conjunto ao avanço do bem-estar social, em especial dos trabalhadores do Cone Sul.

Um dos maiores desafios da Secretaria de Integração é lutar por um MERCOSUL forte e ativo no Sistema Internacional, tanto na área econômica quanto na área política. Porém, as políticas de integração podem resultar em problemas sociais. As empresas dos países do bloco podem competir entre si e o resultado poderia ser o aumento do desemprego nesses Estados, por exemplo. A Secretaria está sempre atenta para que a área social também receba políticas de apoio, principalmente no que tange a defesa dos trabalhadores e trabalhadoras da América do Sul.

O MERCOSUL deve, certamente, transcender os objetivos evolutivos que prega a economia de mercado e fundamentar-se na área social. A União Geral dos Trabalhadores (UGT) investe na integração do bloco econômico, posto que muitos benefícios surgirão desta aproximação.

A Coordenadoria de Centrais Sindicais do Cone Sul (CCSCS), redigiu uma carta endereçada aos Chefes de Estado do MERCOSUL e dos Estados associados. Essa carta contém as idéias acordadas pela Cúpula Social, que conta com a representação da classe trabalhadora e dos sindicalistas. A carta fala sobre os avanços na área comercial que foram alcançados desde a última cúpula em San Juan, Argentina.

A carta da Coordenadoria também destaca que o MERCOSUL é um instrumento para a integração dos povos americanos. O desenvolvimento econômico deve estar a serviço dos povos para que não haja aprofundamento das desigualdades sociais. A carta em sua íntegra encontra-se em anexo.